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Pesquisadores realizarão "censo" inédito das galáxias do Hemisfério Sul


GALÁXIA ESPIRAL BARRADA, ONDE APARECEM OS BRAÇOS ESPIRAIS AZUIS, LOCAIS DE ATIVA FORMAÇÃO DE ESTRELAS NOVAS (FOTO: WIKIPEDIA COMMONS)

O universo é tão imenso que já se acreditou que havia 100 bilhões de galáxias, somente na parte observável do cosmos. Esse número então foi atualizado para 2 trilhões por pesquisadores da Universidade de Nottingham, no Reino Unido. A porto-riquenha Karín Menéndez-Delmestre agora quer pegar uma pequena parte dessa imensidão e fazer um levantamento inédito de galáxias, criando um “censo” para entender os aglomerados do Hemisfério Sul.

O projeto coordenado por ela ocorre em parceria com um time de pesquisadores e ganhou o nome de Canga (Census of Austral Nearby Galaxies), ou Censo das Galáxias Austrais Próximas. Menéndez-Delmestre foi uma dos 12 cientistas selecionados pelo Instituto Serrapilheira que receberão apoio de R$ 1 milhão para investir em seu projeto pelos próximos três anos.

Com o objetivo final de levantar cerca de 1.500 galáxias situadas até 120 milhões de anos-luz, a Professora Adjunta no Observatório do Valongo (UFRJ) e Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, tem desenvolvido campanhas observacionais em grandes telescópios - neste semestre, o estudo foi no Soar, aparelho localizado a 2.400 metros de altitude nos Andes chilenos.


KARÍN MENÉNDEZ-DELMESTRE, PROFESSORA ADJUNTA NO OBSERVATÓRIO DO VALONGO (UFRJ) DESDE 2011. FOI SELECIONADA JOVEM CIENTISTA DE NOSSO ESTADO PELA FAPERJ (FOTO: ACERVO PESSOAL)

Em entrevista à GALILEU, a pesquisadora explica que as imagens dos telescópios são como “fósseis”, pois foram tiradas no passado, uma vez que as galáxias estão muito distantes. “ Em cada pixel da imagem conseguimos estudar o histórico de formação das estrelas de uma região. Conseguimos dizer se ela passou por um surto de formação estelar ou se parou de formar estrelas”, afirma a pesquisadora, em entrevista à GALILEU.

O objetivo do estudo é caracterizar estruturas que são observadas em galáxias locais, como seus discos, núcleos, braços espirais, barras etc. Com isso, é possível estabelecer um censo da distribuição de massa estelar em diferentes tipos de galáxias e determinar como se distribui a matéria dentro de uma galáxia.


LOCALIZADO NOS ANDES CHILENOS, A 2.400M DE ALTITUDE, O SOAR É UM DOS TELESCÓPIOS MAIS MODERNOS NA SUA CATEGORIA (FOTO: WIKIPEDIA COMMONS)

Menéndez-Delmestre conta que no ano passado, o foco foi estudar “galáxias grandes com grandes riquezas de estruturas”, mas agora ela quer analisar galáxias-anãs, que tem poucas estrelas e muito gás. “ Essas galáxias são muito difíceis de se estudar pois elas são pouco brilhantes. Elas são rapidamente afetadas pela passagem de outras galáxias e as estrelas são simplesmente arrancadas do sistema delas”, relata a pesquisadora.

A astrônoma também investiga o Universo distante, ou seja, as galáxias mais antigas, localizadas em aglomerados que se juntam na matéria escura. Essa energia chega a representar 85% de toda a matéria do Universo e funciona como um ímã gravitacional, atraindo gases e estrelas que, eventualmente, formam agrupamentos de várias galáxias. “Cada galáxia está imersa em um halo de matéria escura. Se tivermos a ideia do formato dessa matéria em galáxias parecidas com a nossa, poderemos estimar a quantidade de matéria escura que existe na Terra”, explica Menéndez-Delmestre.

*Com supervisão de Thiago Tanji

FONTE: REVISTA GALILEU

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