Estrelas explodindo são sempre um espetáculo digno de ser visto, mas nem todas as supernovas são iguais: algumas, por exemplo, podem gerar milhares de mundos semelhantes à Terra.
Acima, vemos uma imagem em falsa cor da nuvem de poeira interestelar Sagittarius A Leste, localizada a 26.000 anos-luz de distância do nosso centro galáctico. São as sobras do colapso de núcleo de uma supernova que ocorreu há 10.000 anos e expeliu poeira suficiente para criar até 7.000 planetas como a Terra, de acordo com os astrônomos que fizeram projeções de como seriam as partes juntas. Uau.
Este raro vislumbre das entranhas de uma estrela que explodiu foi capturado pelo Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha (SOFIA) da NASA, o maior observatório astronômico aéreo do mundo, que é formado basicamente por um telescópio enorme amarrado a um Boeing 747 modificado. A poeira remanescente da supernova (mostrada acima em linhas de contorno branco) foi mapeada com base nas emissões de infravermelho ou assinaturas de calor que sobraram da antiga explosão.
Imagem: NASA/CXO/Lau et al. 2015. As linhas vermelhas indicam a extensão da onda de choque da supernova.
O que é significativo e novo aqui é como podemos ver a poeira das estrelas escapando da cena do crime, escoando para o espaço, onde vai fornecer a matéria-prima para novos corpos celestes se aglutinarem. De acordo com a NASA:
Os astrônomos já tinham provas de que ondas de choque em direção ao exterior de uma supernova podem produzir quantidades significativas de poeira. Até agora, uma questão-chave era se as novas partículas, semelhantes a fuligem e areia, sobreviveriam ao subsequente “rebote”, que é gerado quando a primeira onda de choque para fora colide com os arredores cheios de gás e poeira interestelar.
“A poeira sobreviveu ao ataque de ondas de choque posterior à explosão da supernova e agora está fluindo para o meio interestelar, onde ele pode se tornar parte do “material de fecundação” para novas estrelas e planetas,” explicou Lau.
Os resultados também oferecem uma forte evidência de que a “sujeira” de galáxias jovens e distantes pode ser o resultado de supernovas — uma hipótese que até agora não tinham apoio em dados observados.
A noção de que todos nós somos apenas poeira de estrelas pode ser quase um clichê, mas ainda assim, é notável saber que agora temos a tecnologia para ver provas desse fato espalhadas por todo o cosmos.
FONTE: http://gizmodo.uol.com.br/
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