Os pontos quânticos derivados da carapaça dos camaraões (embaixo) são depositados sobre nanobastões de óxido de zinco. [Imagem: Joe Briscoe et al. - 10.1002/anie.201409290]
Carbonização hidrotermal
A quitina e a quitosana, presentes na carapaça de camarões e outros crustáceos, já vêm sendo usadas em várias aplicações, incluindo filtros para metais pesados, biodiesel e até uma nova classe de compósitos.
Joe Briscoe e seus colegas da Universidade Queen Mary, no Reino Unido, agora usaram esses materiais para sintetizar células solares.
Eles usaram um processo chamado carbonização hidrotermal para criar pontos quânticos de carbono a partir dos compostos químicos retirados da carapaça dos camarões - pontos quânticos são semicondutores em nanoescala que capturam os fótons e geram uma corrente elétrica.
As células solares foram fabricadas aspergindo os pontos quânticos sobre nanoestruturas feitas de óxido de zinco.
A eficiência dessas células solares ainda é baixa em comparação mesmo com as células solares orgânicas, mas a matéria-prima muito barata está entusiasmando os pesquisadores.
"Esta pode ser uma ótima forma para fabricar células solares de forma fácil e rápida a partir de materiais sustentáveis e prontamente disponíveis," disse Briscoe.
"Assim que melhorarmos sua eficiência, essas células solares poderão ser usadas em qualquer lugar onde células solares são usadas hoje, particularmente para alimentar aparelhos portáteis," finalizou ele.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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