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Mistério de Tunguska continua; novo estudo tenta explicar impacto de asteroide


Foto tirada em 1938, durante uma expedição do mineralogista russo Leonid Kulik, investigando o evento (Imagem: Sovfoto/Universal Images Group)

Por Daniele Cavalcante

O evento de Tunguska, ocorrido na Sibéria em 1908, foi o impacto mais prejudicial da história recente em nosso planeta - e também o mais misterioso, pois até hoje ninguém sabe explicar exatamente o que aconteceu, ou como aconteceu. Agora, pesquisadores propõem uma explicação mais estranha que o próprio evento.

Esse impacto causou uma explosão que destruiu, em questão de segundos, mais de 80 milhões de árvores em uma área de quase 2.000 km quadrados. O estranho nessa história é que ele não deixou nenhuma cratera de impacto. Embora houvesse muitas testemunhas - pessoas que relatam terem sido arremessadas em uma cidade a 60 km de distância -, ninguém viu nada que pudesse determinar se foi mesmo um meteoro.

Além disso, não foram encontrados vestígios de detritos espaciais no chão perto do local. Muitos consideraram que um asteroide entrou na atmosfera e explodiu antes de atingir o solo, enquanto outros não descartam a possibilidade de que tenha sido um cometa. Caso você esteja pensando em testes de algum tipo de arma, também não foram encontrados vestígios dessa natureza, e em 1908 ainda não havia muita tecnologia nesse sentido.


Foto de uma expedição feita em 1929 na região siberiana onde houve o impacto

Houve uma luz brilhante que durou cerca de 1 minuto, e depois uma explosão que quebrou janelas e varreu árvores de uma floresta. "O céu estava dividido em dois e, acima da floresta, toda a parte norte do céu parecia coberta de fogo", disse uma testemunha. Outra, pensou que sua camisa havia pegado fogo. A energia liberada pela explosão foi 185 vezes maior que a da bomba atômica de Hiroshima, segundo a NASA.

O evento de Tunguska foi tão marcante que deu origem ao Asteroid Day, evento anual em que acontecem palestras e atividades científicas relacionadas a asteroides ao redor do mundo, com o objetivo de promover conhecimento e conscientização quanto aos potenciais perigos desses objetos espaciais vindo em nossa direção.

Até hoje, cientistas tentam encontrar uma explicação para o que realmente aconteceu ali. A mais aceita desde então é que um asteroide ou cometa rochoso entrou na atmosfera da Terra e depois se desintegrou a 5 ou 10 km acima do solo. Mas, se esse fosse o caso, a explosão teria espalhado detritos rochosos espaciais pelo solo, e ninguém jamais encontrou nenhum.

Agora, uma equipe de pesquisadores propôs um novo estudo que sugere uma explicação talvez plausível: o impacto teria sido causado por um grande objeto espacial composto de ferro, que chegou à Terra perto o suficiente para gerar uma tremenda onda de choque. Mas o objeto não teria chegado à superfície: em vez disso, ele se desviou para longe do nosso planeta sem se fragmentar. Eles tentam mostrar no estudo que um objeto dessa natureza poderia se aproximar o suficiente para gerar a onda de choque e uma explosão similar à de um meteoro, e então se libertar da força gravitacional do planeta.

Para testar essa hipótese, eles calcularam trajetórias de asteroides usando modelos de computador e examinaram objetos com 50 e 200 metros de diâmetro, feitos de rocha, gelo ou ferro. Na simulação, eles se aproximavam de uma trajetória que os levava entre 10 a 15 km da superfície da Terra. Os cálculos mostraram que corpos espaciais feitos de rocha e gelo se desintegrariam completamente por causa da pressão. “Somente asteroides feitos de ferro com mais de 100 m de diâmetro podem sobreviver”, disseram eles.

Asteroides de ferro não seriam sequer rachados caso entrassem em nossa atmosfera. A equipe estima que o objeto que causou o evento de Tunguska provavelmente media entre 100 e 200 metros de diâmetro e entrou na atmosfera terrestre a aproximadamente 72.000 km/h. Durante sua passagem, ele perdeu parte de sua massa, mas o ferro derretido e espalhado por um meteoro a essa velocidade seria instantaneamente liberado como gás e plasma, e oxidado na atmosfera. Por isso, não há vestígios de ferro no solo. Para escapar da gravidade do planeta, ele teria entrado na atmosfera em um ângulo muito raso - cerca de 9 a 12 graus tangenciais à superfície. Ou seja, ele teria passado “de raspão” no topo da camada atmosférica, criando uma onda de choque a uma altitude de 10 a 15 km acima do solo, capaz de achatar árvores por centenas de quilômetros.

No entanto, esse cenário não responde todas as perguntas. Por exemplo, Mark Boslough, professor de pesquisa da Universidade do Novo México e físico do Laboratório Nacional Los Alamos, disse que, se um objeto "passasse pela atmosfera" e não explodisse, a onda de choque resultante seria significativamente mais fraca que a onda de uma explosão. Além disso, o padrão de árvores derrubadas no local é radial - emanando de um único ponto de liberação de energia. Isso é algo que você esperaria ver após uma explosão, e não por causa de algo passando por cima da superfície em alta velocidade. Por fim, Boslough lembra que os relatos de testemunhas oculares "são condizentes com um objeto que estava descendo em direção à superfície antes de explodir". O mistério continua, pelo visto...

FONTE: Live Sciencie via canaltech.com.br

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