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Estrutura do maior telescópio do mundo vai começar a ser construída no Atacama


Último projeto da cúpula do telescópio localizado no Observatório Las Campanas (Chile) – Foto: Divulgação /M3 Engineering

Quando estiver pronto, em 2028, Telescópio Gigante Magalhães será capaz de explorar o universo com alta precisão e sensibilidade

Por Marcelo Canquerino

A GMTO Corporation, organização que administra o desenvolvimento do Telescópio Gigante Magalhães (GMT, em inglês), assinou um contrato com as empresas MT Mechatronics, da Alemanha, e Ingersoll Machine Tools, dos Estados Unidos, para projetar, construir e instalar a estrutura de aço de precisão que sustentará o telescópio.

Localizado no Deserto do Atacama, no Chile, o Telescópio Gigante Magalhães é um observatório que operará no óptico e infravermelho próximo e, quando finalizado, será o maior do mundo. O GMT será capaz de permitir descobertas inéditas na área de astronomia e cosmologia, auxiliando no estudo de buracos negros, matéria escura, energia escura e até na busca de vida em planetas fora do nosso sistema solar.

A MT Mechatronics e a Ingersoll Machine Tools projetarão e fabricarão o mecanismo de precisão de 1.800 toneladas conhecido como “estrutura mecânica do telescópio”, que sustentará a óptica do GMT e rastreará, de forma suave, alvos celestes enquanto se movem pelo céu.


Último projeto da cúpula do telescópio localizado no Observatório Las Campanas (Chile) – Foto: Divulgação / M3 Engineering y GMTO

De acordo com João Evangelista Steiner, coordenador da parte brasileira do projeto e professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, o GMT “terá uma área coletora de luz 100 vezes maior do que de um telescópio espacial, e a nitidez das imagens dez vezes melhor”.

Segundo Steiner, o telescópio será o único com tecnologia suficiente para buscar outro planeta habitável. “Queremos medir a massa de um planeta que tenha uma massa semelhante à da Terra, e isso é muito difícil com os atuais telescópios e tecnologias. Com o GMT será possível chegar nesse limite e vamos poder detectar se esse planeta tem ou não tem oxigênio livre. Nenhum dos 4 mil exoplanetas que conhecemos teve oxigênio detectável no seu espectro”, explica.


Equipes do GMT, MT Mechatronics e Ingersoll Machine Tools na sede central da GMTO – Foto: Divulgação / Telescópio Gigante Magalhães, GMTO

A estrutura do telescópio manterá os sete espelhos gigantes do GMT no lugar, enquanto eles direcionam a luz de estrelas e galáxias distantes para um foco, de forma que possa ser analisada por instrumentos científicos montados no interior do telescópio.

A participação brasileira acontece por meio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que assina o projeto como membro fundador. Além do apoio financeiro, o Brasil também tem contribuído na construção dos instrumentos do telescópio. “Um telescópio é como se fosse um grande olho, mas o olho sozinho não é o suficiente. Ele precisa ter um cérebro por trás que analisa os dados”, comenta Steiner. Os pesquisadores do IAG estão participando da construção de quatro espectrógrafos, equipamentos que coletam informações dos astros como temperatura, composição química e idade.

Quando entrar em operação, toda a estrutura do telescópio, com espelhos e instrumentos, pesará 2.100 toneladas, mas flutuará em uma camada de óleo com apenas 50 mícrons (5 milésimos de centímetro) de espessura ー permitindo que ele se mova essencialmente sem atrito para compensar a rotação da Terra, rastreando corpos celestes em seu arco através do céu.

Espera-se que a estrutura seja entregue ao Chile no final de 2025 e esteja pronta para receber os espelhos em 2028.


Ilustração da estrutura do telescópio – Foto: Divulgação / Telescópio Gigante Magalhães, GMTO



Com informações do IAG

FONTE: jornal.usp.br - Agência FAPESP

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