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Motores da Voyager 1 são acionados após 37 anos sem uso


Foi bem sucedido o teste com os motores de manobra, havia muito inativos, da Voyager 1

NASA pretende utilizar os propulsores de manobra para manter a nave estabilizada, a fim de prolongar ao máximo sua missão no espaço interestelar

A Missão Voyager, que alguns consideram a maior realização da Era Espacial, comparável ao Projeto Apollo, completou 40 anos em 2017. Fruto de um conceito batizado como Grand Tour ou Grande Expedição, elaborado nos anos 60 pelo engenheiro Gary Flandro, as naves gêmeas foram lançadas em 20 de agosto de 1977 (Voyager 2) e 05 de setembro do mesmo ano (Voyager 1). A primeira, em uma trajetória mais lenta, cumpriu integralmente o Grand Tour, visitando Júpiter em julho de 1979, Saturno em agosto de 1981, Urano em janeiro de 1986 e Netuno em agosto de 1989. Já a Voyager 1 passou por Júpiter em março de 1979, e por Saturno em novembro de 1980.

Desde essa época, há 37 anos, a Voyager 1 não acionava seus propulsores de manobra (identificados pela sigla TCM), mais potentes e que normalmente operam por períodos mais longos. A nave se mantinha na correta atitude, com sua antena apontando para a Terra, graças aos motores de controle de atitude, menores e que funcionam em pequenos e curtos disparos. Estes, contudo, vinham apresentando funcionamento irregular há cerca de três anos, razão pela qual a NASA buscou a alternativa dos motores TCM. Conforme Todd Baber, engenheiro de propulsão do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) afirmou: "A equipe da Voyager ficou muito animada. O sentimento era de alívio, alegria e incredulidade após observar esses motores funcionarem como se não houvesse passado tanto tempo".

Para o acionamento foram buscados dados de décadas atrás, além de uma cuidadosa análise do software da época para assegurar um teste seguro. Os motores TCM devem ser utilizados para auxiliar no controle de atitude da Voyager, assegurando a continuidade das comunicações com a Terra. Isso irá garantir a extensão da missão por mais dois ou três anos. O feito se torna ainda mais impressionante quando se sabe que um sinal da Terra demora 19 horas e 35 minutos para alcançar a nave (16 horas e 10 minutos para a Voyager 2). Porém mesmo os TCM terão que parar de funcionar no futuro, pois é limitada a quantidade de energia que os geradores nucleares das naves conseguirão fornecer. Cada Voyager é equipada com um Gerador Termoelétrico de Radioisótopos (RTG) que converte o calor da desintegração do plutônio-238 em eletricidade, e que devem funcionar até meados da próxima década.

VIAGENS DE DESCOBERTAS QUE PROSSEGUEM, 40 ANOS DEPOIS


A Terra destacada na imagem do Pálido Ponto Azul, obtida pela Voyager 1 em 1990

A equipe da NASA deve conduzir em breve um teste similar com a Voyager 2, mas os motores de controle de atitude desta estão funcionando melhor que o da nave irmã. Cada Voyager carrega um Disco Dourado com músicas, sons e imagens representativas de nosso planeta e da civilização humana, além de noções básicas de matemática e instruções sobre como ler as informações ali gravadas. A mensagem foi elaborada pela equipe liderada por Carl Sagan, e planejada para perdurar por milhões de anos enquanto as naves viajam pela galáxia. Foi de Sagan também a ideia de produzir, em 14 de fevereiro de 1990, a famosa Foto de Família do Sistema Solar, na qual foi obtida a imagem da Terra como o Pálido Ponto Azul. A Voyager 1 tornou-se em 25 de agosto de 2012 o primeiro engenho terrestre a cruzar a região chamada de heliopausa e ingressar no espaço interestelar. Já a Voyager 2 permanece como a única nave a visitar os planetas Urano e Netuno, enquanto equipes da NASA já cobram por novas missões a esses mundos. Para comemorar os 40 anos desse extraordinário feito, a revista Sky & Telescope lançou uma edição especial, The Story of Voyager, que pode ser encontrada em algumas livrarias brasileiras.

https://voyager.jpl.nasa.gov/

Acompanhe a missão das naves em tempo real

https://www.buysubscriptions.com/special-editions/the-story-of-the-voyager



FONTES: Revista Ufo/Guilherme Briggs

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