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Buracos negros supermassivos alimentam-se de medusas cósmicas


Observações de "galáxias medusa" obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO revelaram um modo que não se conhecia anteriormente para alimentar buracos negros. Parece que o mecanismo que produz os tentáculos de gás e as estrelas recém-nascidas que dão o nome curioso a este tipo de galáxias, tornam também possível que o gás chegue às regiões centrais das galáxias, alimentando o buraco negro que se esconde no centro de cada uma delas e fazendo com que brilhem intensamente.
Esta imagem de uma das galáxias, chamada JO204, obtida com o instrumento MUSE montado no VLT do ESO, no Chile, mostra claramente como é que o material flui da galáxia em longos tentáculos. A cor vermelha mostra o brilho do hidrogénio ionizado, o verde corresponde ao oxigénio ionizado e as regiões mais esbranquiçadas são onde se encontra a maioria das estrelas da galáxia.
Crédito: Colaboração ESO/GASP


Observações de "galáxias medusa" obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO revelaram um modo que não se conhecia anteriormente para alimentar buracos negros. Parece que o mecanismo que produz os tentáculos de gás e as estrelas recém-nascidas que dão o nome curioso a este tipo de galáxias, tornam também possível que o gás chegue às regiões centrais das galáxias, alimentando o buraco negro que se esconde no centro de cada uma delas e fazendo com que brilhem intensamente. Os resultados foram divulgados na revista Nature.

Uma equipe liderada por astrônomos italianos utilizou o instrumento MUSE (Multi-Unit Spectroscopic Explorer) acoplado ao VLT, instalado no Observatório do Paranal do ESO, no Chile, para estudar como é que o gás é arrancado das galáxias. A equipe focou-se no exemplo extremo de galáxias medusa, situadas em enxames galácticos próximos e assim chamadas devido aos seus "tentáculos" de matéria notavelmente longos, que se estendem por dezenas de milhares de anos-luz para além dos discos galácticos.

Os tentáculos das galáxias medusa são produzidos em enxames de galáxias por um processo chamado varrimento por pressão dinâmica. A sua interação gravitacional mútua faz com que as galáxias caiam a alta velocidade nos enxames de galáxias, onde encontram um gás quente e denso que atua como um poderoso vento, retirando caudas de gás dos discos galácticos e dando origem a intensa formação estelar no seio das galáxias.

Descobriu-se que seis das sete galáxias medusa do estudo albergam um buraco negro supermassivo no centro, que se alimenta do gás circundante. Esta fração de galáxias é inesperadamente alta — em galáxias, de modo geral, esta fração é inferior a uma em cada dez.

"Esta forte ligação entre o varrimento por pressão dinâmica e buracos negros ativos não foi prevista, nem assinalada, anteriormente," disse a chefe da equipa Bianca Poggianti do INAF-Observatório Astronômico de Pádua, na Itália. "Parece que o buraco negro central está a ser alimentado porque uma parte do gás, em vez de ser removido, está a chegar ao centro da galáxia."

Uma questão de longa data prende-se com o facto de saber porque é que apenas uma pequena fração dos buracos negros supermassivos existentes nos centros das galáxias se encontram ativos. Estes objetos encontram-se em quase todas as galáxias, por isso porque é que apenas alguns acretam matéria e brilham intensamente? Estes resultados revelam um mecanismo anteriormente desconhecido que alimenta os buracos negros.

Yara Jaffé, bolsista do ESO que contribuiu para o artigo, explica a importância deste resultado: "Estas observações MUSE sugerem um mecanismo novo, que direciona o gás para a vizinhança do buraco negro. Este resultado é importante porque nos fornece uma nova peça do puzzle das ligações, ainda pouco compreendidas, entre buracos negros supermassivos e suas galáxias hospedeiras."

Estas observações fazem parte de um estudo muito mais extenso, com muito mais galáxias medusa, que está atualmente a decorrer.

"Quando estiver completo, este rastreio revelará quantas galáxias ricas em gás que entram nos enxames, e quais, atravessam um período de atividade aumentada nos seus centros," conclui Poggianti. "Um puzzle de longa data em astronomia tem sido compreender como é que as galáxias se formam e mudam no nosso Universo em expansão e evolução. As galáxias medusa são a chave para compreendermos a evolução galáctica, uma vez que são observadas em plena transformação drástica."


Observações de "galáxias medusa" obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO revelaram um modo que não se conhecia anteriormente para alimentar buracos negros. Parece que o mecanismo que produz os tentáculos de gás e as estrelas recém-nascidas que dão o nome curioso a este tipo de galáxias, tornam também possível que o gás chegue às regiões centrais das galáxias, alimentando o buraco negro que se esconde no centro de cada uma delas e fazendo com que brilhem intensamente.
Esta imagem de uma das galáxias, chamada JW100, obtida com o instrumento MUSE montado no VLT do ESO, no Chile, mostra claramente como é que o material flui da galáxia em longos tentáculos.
Crédito: Colaboração ESO/GASP



Esta visualização tridimensional mostra uma galáxia medusa obtida com o instrumento MUSE montado no VLT (Very Large Telescope) do ESO. A imagem combina uma vista 2D normal com a terceira dimensão do comprimento de onda. Esta galáxia sofreu varrimento por pressão dinâmica ao mover-se rapidamente no gás quente do enxame de galáxias e consequentemente caudas de gás e estrelas jovens "vão a reboque" da galáxia. Este efeito é visível porque os tentáculos que se estendem para a direita da imagem apresentam velocidades diferentes do disco principal da galáxia, que se vê à esquerda.
Crédito: ESO



Observações de "galáxias medusa" obtidas com o VLT (Very Large Telescope) do ESO revelaram um modo que não se conhecia anteriormente para alimentar buracos negros. Parece que o mecanismo que produz os tentáculos de gás e as estrelas recém nascidas que dão o nome curioso a este tipo de galáxias, tornam também possível que o gás chegue às regiões centrais das galáxias, alimentando o buraco negro que se esconde no centro de cada uma delas e fazendo com que brilhem intensamente.
Esta imagem de uma das galáxias, chamada JO206, obtida com o instrumento MUSE montado no VLT do ESO, no Chile, mostra claramente como é que o material flui da galáxia em longos tentáculos. A cor vermelha mostra o brilho do hidrogênio ionizado, o verde corresponde ao oxigênio ionizado e as regiões mais esbranquiçadas são onde se encontra a maioria das estrelas da galáxia.
Crédito: ESO


FONTE: http://www.ccvalg.pt

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