Em novembro de 1986 ocorreu um dos mais conhecidos casos ufológicos envolvendo aeronaves comerciais. O caso envolveu um cargueiro 747 da Japan Airlines que havia decolado de Paris em 16 de novembro, com destino à Tóquio e transportava um carregamento de vinho. A rota prevista no plano de voo seria de Paris até Reykjavik, na Islândia, cruzando o Oceano Atlântico, passando pela Groelândia, e seguindo pelo Canadá até Anchorage, no Alasca. Depois cruzaria o Oceano Pacífico até Tóquio. A bordo do avião estavam o experiente Capitão Kenju Terauchi, o co-piloto Takanori Tamefuji e o engenheiro de voo Yoshio Tsukuba.
O voo transcorreu normalmente até o dia 17, quando no final da tarde cruzaram a fronteira do Canadá em aproximação para Anchorage. Por volta das 17 horas (hora local) houve o primeiro contato entre a aeronave e o Controle de Tráfego Aéreo de Anchorage. O Controle solicitou ao cargueiro uma curva de 15º para a esquerda, seguindo em direção à Talkeetna. Neste momento a aeronave se encontrava a 35 mil pés e viajava a uma velocidade de 600 mph.
Por volta das 17:11 hs, o comandante Terauchi observou uma estranha luz, aparentemente a 2000 pés abaixo e 30º esquerda à frente de sua aeronave. Devido à coloração clara, de tonalidade âmbar ele concluiu que tal objeto tratava-se de um jato militar americano que estaria nas proximidades de Eielson, ou da Base Aérea de Elmendorf, que rotineiramente fazia patrulhas pela região. Ele não deu muita atenção ao fato e continuou o voo normalmente. Poucos minutos depois, Terauchi percebeu que a estranha luz aproximava-se rapidamente de sua posição. Ele percebeu que eram na verdade dois objeto luminosos que posicionaram-se logo à frente de seu avião. Eles eram intensamente luminosos a ponto de clarear toda a cabine e provocar uma sensação de calor na face dos tripulantes. Estes objetos posicionaram-se um acima do outro voando próximo ao 747, com um movimento suave e em perfeita sincronia. Depois de aproximadamente 7 minutos, os objetos mudaram a formação para um vôo lado a lado. Durante o nivelamento, o comandante Terauchi percebeu alguns detalhes na estrutura dos objetos. Havia algo semelhante à escapes na fuselagem e durante determinadas manobras foram emitidas fagulhas ou luminescências semelhantes ao fogo, de tonalidade bem amarela.
Em seu depoimento, o co-piloto descreveu algo semelhante. Ele descreveu os objetos como tendo brilho claro, da cor do salmão, com luzes externas nas cores vermelha ou laranja, e branca. Havia também uma pequena luz verde, piscante. Estas luzes pareciam pulsar, pois ora estavam mais fortes, ora mais fracas, sucessivamente. Ambos os pilotos ressaltaram, em depoimentos posteriores, que os objetos voavam muito próximos um do outro, em perfeita sincronia.
O engenheiro de vôo Tsukuba estava sendo logo atrás do co-piloto e não tinha uma boa visão das luzes. Ele observou o objeto pela primeira vez através da janela L1, tendo o objeto na posição às 11 horas. Ele descreveu como um agrupamento de luzes de tonalidade branca ou âmbar.
Comunicações
Diante do insólito, o co-piloto Tamefuji entrou em contato com o Controle de Tráfego Aéreo de Anchorage e relatou o episódio. Os operadores solicitaram aos pilotos informações sobre condições visuais, presença e altura de nuvens locais. Os pilotos do 747 relataram que haviam apenas algumas poucas nuvens baixas cobrindo o topo das montanhas. Acima delas o céu era limpo e a visibilidade total. Enquanto informavam ao controle sobre as condições visuais os estranhos objetos aceleraram rapidamente em direção à esquerda do avião. Os pilotos puderam então observar um objeto plano de aparência pálida, voando paralelamente ao avião, na mesma altitude e aparentemente na mesma velocidade. Os dois objetos que acompanhavam o 747 estavam agora se dirigindo à este terceiro objeto.
Terauchi decidiu estabelecer a posição deste terceiro objeto através do radar de bordo. O radar de longo alcance não havia registrado nada de anormal. Já o radar meteorológico acusou a presença do objeto entre 7 e 8 milhas náuticas (13 a 15 Km) de distância exatamente na direção em que o objeto era observado. O comandante informou ao Controle em Anchorage que haviam captado o objeto no radar, indicando a distância e a posição do mesmo. Às 17:25, o radar militar do Centro de Controle Operacional de Elmendorf detectou o estranho objeto.
Quando o avião encontrava-se próximo da cidade de Fairbanks ocorreu uma nova aproximação. Um gigantesco objeto aproximou-se rapidamente do cargueiro japonês. Os pilotos, assustados, solicitaram mudança de curso para 45º a direita. Pouco depois, ao sair da região de Talkeetna, na altitude de 31 mil pés, o objeto ainda acompanhava o avião.
Por volta das 17:40, um avião da United Airlines decolou de Anchorage e seguiu em direção à Fairbanks. O Controle solicitou que o piloto desta aeronave tentasse localizar visualmente o estranho objeto nas proximidades do avião da JAL. O vôo da United desviou um pouco sua rota para passar próximo ao avião da JAL, afim de favorecer a observação, posicionando-se um pouco abaixo, num altitude de 29 mil pés.
Quando o avião da United chegou próximo ao avião da JAL, o OVNI movimentou-se afastando-se um pouco do cargueiro. Os pilotos da United solicitaram que o os pilotos da JAL piscassem suas luzes para facilitar sua identificação. Quando as aeronaves encontravam-se a 12 milhas de distância, uma da outra o estranho objeto desapareceu. Logo em seguida os pilotos da United localizaram o avião da JAL e não observaram a presença de qualquer objeto.
Poucos minutos depois, o Controle de Anchorage solicitou à uma aeronave militar que seguisse em direção à região, aproximando-se do vôo da JAL na tentativa de localizar o estranho objeto. Por vários minutos os militares acompanharam o avião sem detectar nada de diferente. O avião da JAL seguiu até Anchorage, pousando no aeroporto local por volta das 18:20 hs.
Após o evento, a Federal Aviation Administration (FAA) conduziu uma investigação sobre o episódio, emitindo um relatório final em 5 de março do ano seguinte. A FAA, em seu relatório, afirma que os radares captaram o avião da JAL e o reflexo do mesmo nas nuvens que estariam presentes no local. Tal tentativa de explicação foi rechaçada de imediato, pois as nuvens presentes não produziriam tal efeito, por estarem um pouco acima da cadeia de montanhas e bem abaixo do nível de vôo do avião. Além disso temos o registro de bordo do avião e o testemunho do objeto observado.
FONTE: Fenomenum.com
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