A descoberta do fóssil foi feita no último dia 12 na bacia do rio Santiago, região peruana do Amazonas
Cientistas peruanos divulgaram nesta quarta-feira, 25, a incomum descoberta de um cérebro completo fossilizado pertencente a um grande mamífero, que habitou o norte do Peru há 20 milhões de anos.
Para o pesquisador peruano Klaus Hönninger, responsável pela descoberta, este é um achado importante e pouco habitual, que permite somar mais um dado à reconstrução da fauna paleolítica desta parte da América.
"É a primeira vez que vejo uma coisa assim, tão bem conservada e inteira", afirmou Hönninger, diretor do Museu Paleontológico Meyer Hönninger, na cidade peruana de Chiclayo.
A descoberta do fóssil foi feita no último dia 12 na bacia do rio Santiago, região peruana do Amazonas, quando Hönninger realizava seus habituais trabalhos nos sedimentos do rio.
Segundo narrou o próprio pesquisador, o cérebro foi achado completo e separado de outros restos fossilizados, o que sugere que pode ter pertencido a um animal que sofreu "algum tipo de trauma que fez o cérebro sair do crânio e depois ser coberto com os sedimentos".
"Esses sedimentos têm um alto índice de carbonato, o que parece ter preservado os restos, já que normalmente os tecidos leves não se fossilizam", acrescentou.
O tamanho do cérebro (12 centímetros de largura por 11 de comprimento e 9 de altura) indica que se trataria de um animal do tamanho de uma vaca, o que confirmaria a presença de grandes mamíferos na área, segundo Hönninger.
No entanto, os cientistas alemães para quem o pesquisador peruano enviou os dados e fotografias da descoberta para verificar sua origem ainda não puderam confirmar a que tipo de mamífero corresponde o fóssil.
Segundo Hönninger, alguns aspectos do cérebro fossilizado levam a pensar que pertencia a um primata, mas outros indicam que pode ser de um quadrúpede, devido às grandes semelhanças que os cérebros dos mamíferos apresentam.
FONTE: ESTADO DE SÃO PAULO
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