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Do Big Bang até você em um minuto: uma brevíssima história do Universo


Assista a animação da REVISTA GALILEU que explica as origens do cosmos — e como ele se tornou o que é hoje

Dá para imaginar que, antes de nosso Universo surgir e se expandir, toda a matéria e a energia que vemos por aí estavam contidas em um pontinho, uma singularidade, trilhões de vezes menor do que a cabeça de um alfinete? Pois é. Foi esse evento dramático e misterioso que chamamos de Big Bang o responsável pela origem do espaço, do tempo e de uma sucessão aleatório de eventos que se arrasta há 13,8 bilhões de anos.

No final das contas, essa novela cósmica criou... Você.

Mas vamos voltar aos fatídicos primeiros dez segundos de existência do Universo. Naqueles instantes imemoriais, de difícil acesso para a ciência, as coisas se desenrolaram muito rapidamente. As quatro forças fundamentais da natureza (gravidade, eletromagnetismo, nuclear forte e nuclear fraca) se separaram. Desde então, trilham rumos distintos e regem, cada uma à sua maneira, a majestosa sinfonia cósmica.

Enquanto isso acontecia, partículas de matéria e de antimatéria criadas pelo próprio Big Bang se aniquilavam ao encostar umas nas outras. Ninguém conseguiu desvendar até agora o porquê de haver um pouquinho mais de matéria do que antimatéria em meio ao festivas de partículas. Mas sabemos que só estamos aqui hoje graças a isso.

Passado o frenesi inflacionário dos primeiros instantes de vida do Universo, as coisas se acalmaram um pouco. Tudo o que havia por centenas de milhares de anos era uma sopa opaca de núcleos de hidrogênio e hélio, os elementos mais simples da natureza, também forjados diretamente pelo Big Bang.

Quando a temperatura já havia esfriado um pouco, há 380 mil anos, foi a deixa para que os elétrons andarilhos que vagavam livres pelo espaço-tempo pudessem se juntar aos núcleos. Formavam-se, então, os primeiros átomos. Esse processo emitiu a chamada radiação cósmica de fundo, ondas que permeiam toda a imensidão sideral e ajudam os cosmólogos a entenderem como a estrutura cósmica evoluiu, daqueles tempos até hoje.

Pelos próximos 150 milhões de anos, as coisas ficaram monótonas. Durante a chamada Idade das Trevas, uma escuridão de átomos e partículas errantes era tudo o que havia. A primeira centelha de luz despontou algumas centenas de milhões de anos mais tarde: nuvens de gás formaram a primeira geração de estrelas e os esboços das primeiras galáxias.

Elementos mais pesados que hidrogênio, hélio e lítio foram sendo cozinhados dentro desses núcleos estelares, verdadeiras fornalhas que enriqueceram a composição química do Universo. A morte daquelas primeiras estrelas abriu caminho para que novas gerações surgissem e, com elas, planetas rochosos como a Terra.

Mas estruturas complexas como a Via Láctea, nossa galáxia natal, com centenas de bilhões de sóis ardendo espalhados em seus braços espirais, levaram um bom tempo para tomar forma. Coisa de uns cinco bilhões de anos. Podemos comparar o Universo ao Réveillon de Copacabana: estrelas nascem e explodem a todo instante, como fogos de artifício.

Há 4,6 bilhões de anos, em meio ao pisca-pisca frenético, em um dos braços comuns de uma galáxia espiral comum, surgiu uma certa estrela anã amarela — também comum. Demorou poucos milhões de anos até que ela formasse uma legião de corpos também comuns girando eternamente ao seu redor.

Mas em um dos quatro planetas rochosos absolutamente comuns que orbitam mais perto dessa estrela, algo especial aconteceu, menos de um bilhão de anos depois da formação do Sistema Solar. Em um processo ainda não totalmente compreendido pela ciência, bactérias surgiram a partir da matéria inerte.

Foi o início de um processo que transformatia esse cantinho absolutamente comum da Via Láctea no lugar mais extraordinário do Universo conhecido.

A vida evoluiu a passos lentos, e só nos últimos 570 milhões de anos foi que as espécies com as quais estamos acostumados começaram a aparecer. Antes disso, nosso planeta azul era o paraíso dos micróbios. Por mais de 100 milhões de anos, os dinossauros andaram sobre a Terra e dominaram os ecossistemas terrestres.

Mas um asteroide ou cometa quilométrico trombou com nosso planeta e dizimou quase todos eles, há 65 milhões de anos. Foi aí que os mamíferos começaram a ganhar espaço e a saga da evolução continuou. Até que, há meros 315 mil anos, menos de 0,001% da longuíssima história da Terra, nossa espécie surgiu nas savanas da África.

Bem, o resto da história você já deve conhecer. Mas e quanto ao futuro do Sistema Solar e do Unviverso? Daqui a 4 bilhões de anos, a Via Láctea vai colidir com a vizinha Andrômeda, mas as estrelas vão ficar bem. Elas ficam longe demais uma da outra para se chocarem.

Nosso Sol vai se metamorfosear em uma inchada gigante vermelha quando esgotar seu combustível, o hidrogênio. Isso deve ocorrer daqui a 7 bilhões de anos e, a essa altura, Mercúrio, Vênus e a Terra provavelmente terão sido vaporizados.

Três bilhões de anos mais tarde, a expansão acelerada do Universo causada pela energia escura nos deixará ilhados em nossa própria galáxia: as demais já estarão tão afastadas do híbrido da Via Láctea e de Andrômeda que, se ainda houver alguém por essa bandas, será impossível enxergá-las.

E essa história tem fim? Alguns acreditam que, daqui a algumas dezenas de bilhões de anos, o Universo vai retornar à singularidade de onde veio. É a teoria do Big Crunch, ou Grande Colapso. Já outros dizem que o afastamento acelerado das coisas fará com que nem mesmo os átomos consigam se manter unidos — o Universo voltaria à Idade das Trevas. É o chamado Big Rip, a Grande Ruptura.

Há muito mais perguntas em aberto do que respostas nessa história toda. Mas não é simplesmente incrível pensar que o cérebro humano foi capaz de bolar uma narrativa científica, baseada em evidências, abrangendo dezenas de bilhões de anos?

CONFIRA A ANIMAÇÃO 'A HISTÓRIA DO UNIVERSO':



Linha do tempo:

Há 13,7 bilhões de anos - Big Bang
Universo nasce em uma violenta explosão. Toda sua energia e massa estavam contidas em um volume trilhões de vezes menor do que a cabeça de um alfinete.

Antes de 10-43s DBB (depois do Big Bang) - Era de Planck
O Universo era tão quente e denso que as quatro forças da natureza ainda não haviam se separado. Antes disso, nossas leis da física não se aplicam.

De 10-43s DBB a 10-36s DBB - Era da Grande Unificação
Com a expansão e resfriamento do Universo, a gravidade se separa das outras forças fundamentais: nuclear forte e eletrofraca.

De 10-36s DBB a 10-12s DBB - Era Inflacionária e Eletrofraca
O Universo passa por uma expansão exponencialmente rápida. A força eletrofraca se divide em eletromagnetismo e nuclear fraca — formando as quatro forças fundamentais que temos hoje.

De 10-12s DBB a 10-6s DBB - Era Quark
Mesmo com as forças já separadas, o Universo ainda é muito quente e energético para permitir que os quarks formem hádrons (como os prótons e nêutrons). Tudo era uma espécie de sopa (ou plasma) de quarks e glúons (estado recriado no LHC).

De 10-6s DBB a 1s DBB - Era Hádron
O plasma que quarks e glúons é resfriado e se formam os hádrons. Matéria e antimatéria se aniquilam, mas uma insignificante (e misteriosa) assimetria permite que a matéria vença a disputa. Surgem os neutrinos.

De 1s a 10s DBB - Era Lépton
O Universo já mede alguns anos-luz. Depois dos hádrons, é a vez dos léptons (como neutrinos e elétrons), então os donos do pedaço, se aniquilarem com seus opostos.

De 10s a 380 mil anos DBB - Era Fóton
Agora quem manda são os fótons. Nosso Universo continuava uma monótona sopa opaca de núcleos de hidrogênio e hélio, quente demais para os elétrons se juntarem aos prótons e formarem átomos. Quando isso aconteceu, foi liberada a famosa radiação cósmica de fundo.

De 380 mil a 1 bilhão de anos DBB - Idade das Trevas e Reionização
Depois de um longo período em que o Universo é dominado por uma escuridão de átomos de hidrogênio, formam-se as primeiras estrelas (560 milhões anos DBB), que criam elementos mais pesados como os metais e formam as galáxias.

600 milhões de anos DBB - Surge a Via Láctea

9 bilhões de anos DBB (há 4,6 bilhões de anos) - Surge o Sol

8,9 bilhões de anos DBB (há 4,5 bilhões de anos) - Surge a Terra

10 bilhões de anos DBB (Há 3,5 bilhões de anos) - Surge a vida na Terra

13,63 bilhões de anos DBB (há 65 milhões de anos) - Dinossauros são extintos

13,69 bilhões de anos DBB (há 315 mil anos) - Surge o Homo Sapiens

FONTE: REVISTA GALILEU

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