Especula-se que o robô lunar chinês tenha "objetivos geológicos" muito claros, em busca de possíveis fontes de mineração, incluindo hélio-3. [Imagem: Xinhua]
Missão lunar
A agência espacial chinesa lançou na tarde deste domingo um robô para explorar e fazer pesquisas na Lua.
A missão Chang'e-3 colocará na superfície um lunar um robô com seis rodas chamado Yu Tu, ou "Lebre de Jade", em alusão a um personagem do folclore chinês que viveria na Lua.
Caso consiga realizar a missão, a China se tornará o terceiro país a pousar uma sonda na superfície lunar, depois dos EUA e da antiga União Soviética.
O Yu Tu deverá explorar uma região da Lua chamada Baía do Arco-Íris, um platô de origem provavelmente vulcânica e bastante liso, sem a presença de grandes rochas. A missão primária deverá durar três meses.
Lebre de Jade
Pesando 120 quilogramas, o robô lunar leva vários instrumentos científicos, entre os quais um radar para estudos de subsuperfície, que pretende obter informações mais detalhadas sobre o solo e a crosta da Lua.
O robô teleguiado tem capacidade para viajar até 200 metros por hora, podendo subir inclinações de até 30 graus.
O caráter sigiloso das missões espaciais chinesas torna difícil obter informações mais detalhadas sobre a missão e o veículo, e as agências de notícias citam fontes não identificadas para levantar hipóteses.
Uma delas é que o robô lunar chinês teria "objetivos geológicos" muito claros, em busca de possíveis fontes de mineração, incluindo a busca por hélio-3, um combustível que não ocorre na terra e que teoricamente poderia fornecer um milhão de vezes mais energia do que o carvão.
Outras especulações dão conta de que, embora tenha painéis solares, o robô Yu Tu contaria também com uma fonte de energia nuclear, como a utilizada no robô Curiosity, atualmente explorando Marte.
Programa espacial chinês
A China enviou seu primeiro astronauta para o espaço em 2003, transformando-se no terceiro país a realizar viagens espaciais tripuladas de forma independente, depois da Rússia e dos Estados Unidos.
Em 2007, o país enviou sua primeira uma espaçonave não tripulada, a Chang'e-1, para a órbita da Lua.
A nave permaneceu no espaço durante 16 meses antes de ser derrubada de propósito na superfície do satélite.
Em junho três astronautas chineses passaram 15 dias em órbita e acoplaram a nave onde estavam com um laboratório espacial experimental.
O módulo Tiangong-1 (Palácio Celestial) é o primeiro laboratório daquela que deverá se tornar a estação espacial chinesa, por volta de 2020.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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