O exoplaneta orbita sua estrela em apenas 18 horas. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/MIT]
Detecções diretas
O telescópio espacial Spitzer detectou pela primeira vez a luz proveniente de uma "super-Terra", um planeta fora do nosso sistema solar.
Segundo nota emitida pela NASA, embora o planeta não seja habitável, essa detecção direta é um passo histórico para a busca de sinais de vida em outros planetas.
Em 2010, cientistas já haviam conseguido captar pela primeira vez o espectro eletromagnético de um exoplaneta, usando os telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Luz direta de um exoplaneta é captada pela primeira vez
Mas o exoplaneta agora observado pelo Spitzer, chamado 55 Câncer, já havia feito história: em 2002, ele se tornou o primeiro sistema planetário comparável do nosso Sistema Solar a ser descoberto. Observações adicionais, feitas em 2011, indicavam que o exoplaneta poderia ter a densidade do chumbo.
Super-Terras
O exoplaneta pertence a uma classe de planetas chamados super-Terras.
Não há nenhum planeta no Sistema Solar que se pareça com uma super-Terra: eles são mais massivos que a Terra, mas mais leves do que os planetas gigantes, como Netuno.
O 55 Câncer é apenas duas vezes maior, mas pesa oito vezes mais do que a Terra.
O exoplaneta orbita sua estrela em apenas 18 horas.
Anteriormente, o Spitzer e outros telescópios já vinham estudando o exoplaneta através da análise de como a luz da sua estrela se altera quando o planeta passa à sua frente.
Já se conhecem com segurança cerca de 70 super-Terras, mas o telescópio Kepler já detectou centenas de candidatos, que precisam ser confirmados por novas observações.
O tamanho relativamente pequeno desses planetas torna muito difícil vê-los.
Subtraindo da radiação total capturada do sistema 55 Câncer a radiação da estrela, foi possível calcular a radiação do próprio exoplaneta. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/MIT]
Detecção de calor
Agora, o telescópio conseguiu medir a quantidade de luz no comprimento de onda do infravermelho - essencialmente calor - que vem do próprio planeta.
Os resultados mostram que o planeta provavelmente tem uma aparência escura, e seu lado permanentemente voltado para sua estrela tem uma temperatura de mais de 2.000 Kelvin (1.726,6 ºC), quente o suficiente para derreter metal.
As novas informações são consistentes com a teoria anterior de que 55 Câncer é um mundo de água: um núcleo rochoso coberto por uma camada de água em estado supercrítico - um estado simultaneamente líquido e gasoso - e coberto por um manto de vapor.
Fazendo as contas
A "visualização direta da luz" do exoplaneta não se parece em nada com uma fotografia - ao menos por enquanto.
As observações geraram um gráfico que mostra como a radiação infravermelha do sistema 55 Câncer - a estrela e o planeta - mudou quando o planeta passou por trás da sua estrela, um fenômeno chamado ocultação.
Quando o planeta desapareceu, a luz total caiu. Depois, ao dar a volta na estrela e "reaparecer", os níveis de radiação infravermelha captada pelo telescópio retornaram aos níveis normais.
Fazendo as contas entre os dois níveis de energia captada chegou-se à quantidade de radiação que vem diretamente do próprio planeta.
Este tipo de informação é importante para estudar as temperaturas e a composição de atmosferas planetárias distantes.
FONTE: Redação do Site Inovação Tecnológica
Detecções diretas
O telescópio espacial Spitzer detectou pela primeira vez a luz proveniente de uma "super-Terra", um planeta fora do nosso sistema solar.
Segundo nota emitida pela NASA, embora o planeta não seja habitável, essa detecção direta é um passo histórico para a busca de sinais de vida em outros planetas.
Em 2010, cientistas já haviam conseguido captar pela primeira vez o espectro eletromagnético de um exoplaneta, usando os telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO).
Luz direta de um exoplaneta é captada pela primeira vez
Mas o exoplaneta agora observado pelo Spitzer, chamado 55 Câncer, já havia feito história: em 2002, ele se tornou o primeiro sistema planetário comparável do nosso Sistema Solar a ser descoberto. Observações adicionais, feitas em 2011, indicavam que o exoplaneta poderia ter a densidade do chumbo.
Super-Terras
O exoplaneta pertence a uma classe de planetas chamados super-Terras.
Não há nenhum planeta no Sistema Solar que se pareça com uma super-Terra: eles são mais massivos que a Terra, mas mais leves do que os planetas gigantes, como Netuno.
O 55 Câncer é apenas duas vezes maior, mas pesa oito vezes mais do que a Terra.
O exoplaneta orbita sua estrela em apenas 18 horas.
Anteriormente, o Spitzer e outros telescópios já vinham estudando o exoplaneta através da análise de como a luz da sua estrela se altera quando o planeta passa à sua frente.
Já se conhecem com segurança cerca de 70 super-Terras, mas o telescópio Kepler já detectou centenas de candidatos, que precisam ser confirmados por novas observações.
O tamanho relativamente pequeno desses planetas torna muito difícil vê-los.
Subtraindo da radiação total capturada do sistema 55 Câncer a radiação da estrela, foi possível calcular a radiação do próprio exoplaneta. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/MIT]
Detecção de calor
Agora, o telescópio conseguiu medir a quantidade de luz no comprimento de onda do infravermelho - essencialmente calor - que vem do próprio planeta.
Os resultados mostram que o planeta provavelmente tem uma aparência escura, e seu lado permanentemente voltado para sua estrela tem uma temperatura de mais de 2.000 Kelvin (1.726,6 ºC), quente o suficiente para derreter metal.
As novas informações são consistentes com a teoria anterior de que 55 Câncer é um mundo de água: um núcleo rochoso coberto por uma camada de água em estado supercrítico - um estado simultaneamente líquido e gasoso - e coberto por um manto de vapor.
Fazendo as contas
A "visualização direta da luz" do exoplaneta não se parece em nada com uma fotografia - ao menos por enquanto.
As observações geraram um gráfico que mostra como a radiação infravermelha do sistema 55 Câncer - a estrela e o planeta - mudou quando o planeta passou por trás da sua estrela, um fenômeno chamado ocultação.
Quando o planeta desapareceu, a luz total caiu. Depois, ao dar a volta na estrela e "reaparecer", os níveis de radiação infravermelha captada pelo telescópio retornaram aos níveis normais.
Fazendo as contas entre os dois níveis de energia captada chegou-se à quantidade de radiação que vem diretamente do próprio planeta.
Este tipo de informação é importante para estudar as temperaturas e a composição de atmosferas planetárias distantes.
FONTE: Redação do Site Inovação Tecnológica
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