A responsável pelo programa de astrobiologia da NASA, Mary Voytek, acredita que a descoberta divulgada por um grupo de cientistas é uma revelação "fenomenal", que abre as portas para novas áreas de pesquisa, designadamente sobre a vida extraterrestre. "Talvez agora possamos descobri-los", respondeu a um jornalista, quando confrontada com a desilusão que o anúncio surtiu junto da opinião pública, depois de ter sido veiculada a idéia de que a NASA iria anunciar a descoberta de vida noutros planetas.
Felisa Wolfe-Simon, membro do departamento de astrobiologia da agência e principal responsável por esta investigação, explicou em conferência de imprensa como tudo se passou: pegou em sedimentos do fundo de um lago na Califórnia, isolou-os num frasco onde basicamente só tinha arsênio - um violento veneno natural - e, surpreendentemente, percebeu que havia uma bactéria que era capaz de sobreviver, contrariando tudo o que se sabia até agora sobre o que era necessário para a existência de vida.
Esta descoberta redefine aquilo que era até agora tido como os elementos base necessários para o desenvolvimento da vida. E, como enfatizou a investigadora, "abre a porta" à descoberta de novas formas de vida e até de vida em outros planetas, embora reconheça que "vai ser preciso um exército de cientistas e das suas idéias" para avançar com esta investigação.
A bactéria agora descoberta no Lago Mono não só é capaz de sobreviver no arsênio como incorpora elementos no seu próprio DNA e nas células. O trabalho destes investigadores é financiado pela NASA e foi divulgado na Internet pelo site Science Express.
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