TELESCÓPIO ESPACIAL HUBBLE DA NASA (FOTO: RUFFNAX (CREW OF STS-125)/CREATIVE COMMONS)
Novo projeto pretende investigar como e quando as galáxias mais massivas e luminosas do espaço se formaram
O Telescópio Espacial Hubble da NASA começou uma nova missão para esclarecer a evolução das primeiras galáxias do universo. Nomeado de BUFFALO (Beyond Ultra-deep Frontier Fields And Legacy Observations, em inglês), o projeto vai analisar seis aglomerados de galáxias e seus arredores.
As primeiras observações de Hubble já mostram Abell 370 – um aglomerado localizado a aproximadamente quatro bilhões de anos-luz da Terra, na constelação de Cetus –, e uma série de galáxias em torno dele.
Segundo pesquisadores, aglomerados como o Abell 370 podem ajudá-los a encontrar objetos muito distantes no espaço. Isso porque as imensas massas dos aglomerados se inclinam e ampliam a luz de objetos mais distantes atrás dele, os tornando lentes de aumento cósmicas. Usando este método, o Hubble é capaz de explorar galáxias antigas e muito distantes.
Abell 370 já tornou visível várias galáxias. Entre elas está "O Dragão", composta de imagens duplicadas de uma galáxia espiral que fica além do aglomerado.
O projeto BUFFALO é liderado por astrônomos europeus do Instituto Niels Bohr, na Dinamarca, e da Universidade de Durham, no Reino Unido. Ele foi projetado para suceder o Frontier Fields, programa aterior que utilizava o Hubble para exploração espacial.
VISTA DO AGLOMERADO ABELL 370, DO PROJETO BUFFALO (FOTO: NASA, ESA, A. KOEKEMOER, M. JAUZAC, C. STEINHARDT, AND THE BUFFALO TEAM)
De acordo com especialistas, 101 órbitas do Hubble – correspondendo a 160 horas de tempo de observação – foram dedicadas a explorar seis aglomerados de galáxias do Frontier Field. Já as novas observações concentram-se nas regiões ao redor dos aglomerados de galáxias, permitindo um campo maior de pesquisas.
A principal missão de BUFFALO é investigar como e quando as galáxias mais massivas e luminosas do universo se formaram, e como a formação inicial de galáxias está ligada à montagem da matéria escura. Isso vai permitir que astrônomos determinem a rapidez com que as galáxias se formaram nos primeiros 800 milhões de anos do universo após o Big Bang.
De acordo com os astrônomos envolvidos no projeto, os campos de visão estendidos também vão permitir um mapeamento tridimensional da distribuição de massa mais detalhado (tanto da matéria comum quanto da escura), dentro de cada aglomerado de galáxias. Esses mapas são importantes para entender a evolução das lentes de aglomerados de galáxias e a natureza da matéria escura.
FONTE: REVISTA GALILEU
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