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Mostrando postagens de julho 21, 2019

Revelados os primeiros dias da Via Láctea

Ilustração dos primeiros dias da Via Láctea. Crédito: Gabriel Pérez Diaz, SMM (IAC) O Universo, há 13 bilhões de anos atrás, era muito diferente do Universo que conhecemos hoje. Sabemos que as estrelas se formavam a um ritmo muito elevado, dando origem às primeiras galáxias anãs, cujas fusões fizeram surgir as galáxias atuais mais massivas, incluindo a nossa. No entanto, não era conhecida a exata cadeia de eventos que produziram a Via Láctea. Até agora. Medições exatas da posição, brilho e distância de aproximadamente um milhão de estrelas da nossa Galáxia, até 6500 anos-luz do Sol, obtidas com o telescópio espacial Gaia, permitiram que uma equipe do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) revelasse alguns dos seus estágios iniciais. "Nós analisamos e comparamos com modelos teóricos a distribuição de cores e magnitudes (brilhos) das estrelas na Via Láctea, dividindo-as em vários componentes; o chamado halo estelar (uma estrutura esférica que envolve galáxias espirais) e

Como os buracos negros moldam galáxias

Ilustração que mostra como os ventos ultrarrápidos soprados por um buraco negro supermassivo interage com a matéria interestelar na galáxia hospedeira, limpando gás das suas regiões centrais. Crédito: ESA/ATG medialab Dados do observatório de raios-X XMM-Newton da ESA revelaram como os buracos negros supermassivos moldam as suas galáxias hospedeiras com ventos fortes que varrem a matéria interestelar. Num novo estudo, os cientistas analisaram oito anos de observações do XMM-Newton do buraco negro no centro de uma galáxia ativa conhecida como PG 1114+445, mostrando como os ventos ultrarrápidos - fluxos de gás emitidos do disco de acreção muito próximo do buraco negro - interagem com a matéria interestelar nas partes centrais da galáxia. Estes fluxos já tinham sido vistos antes, mas o novo estudo identifica claramente, e pela primeira vez, três fases da sua interação com a galáxia hospedeira. "Estes ventos podem explicar algumas correlações surpreendentes que os cientistas c

Jeanette Epps: a astronauta da NASA que também trabalhou na CIA

JEANETTE EPPS NASCEU EM NOVEMBRO DE 1970; SE ESCOLHIDA, TERÁ 52 ANOS QUANDO PISAR NA LUA (FOTO: NASA) Doutora em filosofia aeroespacial, ela é uma das 12 candidatas que estão cotadas para participar da missão Artemis, que levará uma mulher à Lua em 2024 POR GIULIANA VIGGIANO ANASA anunciou no início de 2019 o projeto Artemis, que levará a primeira mulher à Lua até 2024. Pensando nisso, a GALILEU preparou o perfil de Jeanette Epps, uma das 12 cientistas que fazem parte do time de astronautas da agência espacial hoje — e têm mais chances de pisar em solo lunar. As gêmeas Jeanette e Janet Epps nasceram no estado de Nova York após seus pais saírem do Mississipi, em um momento histórico conhecido como Grande Migração dos Estados Unidos. Ambas amavam e se davam bem em Ciências e Matemática no período escolar, mas apenas Jeanette seguiu carreira na área que a tornaria astronauta. A CIENTISTA EXPERIMENTA O TRAJE ESPACIAL DA NASA DURANTE TREINAMENTO (FOTO: NASA) Formada em Física,

Cassini explora formações anulares ao redor dos lagos de Titã

Estas imagens fornecem uma vista das características da muralha e do aro perto de um lago na lua de Saturno, Titã, obtidas pela missão internacional Cassini. Direita - imagem RADAR da Cassini, de um dos lagos de Titã, Viedma Lacus, obtida usando o SAR do instrumento. As setas amarelas indicam porções da orla elevada perto do lago, enquanto as setas azuis indicam partes do perímetro da característica de muralha que envolve quase todo o lago. Em cima, esquerda - uma vista ampliada do aro elevado. Baixo, esquerda - ilustração de um lago com características de muralha e aro. As bordas envolvem encostas mais altas e estão confinadas a poucos quilômetros do lago, enquanto as muralhas cercam o lago inteiro e formam montes mais amplos, até dezenas de quilômetros. Crédito: NASA/JPL-Caltech/ASI; ESA/A. Solomonidou et al. (2019) Usando observações da sonda internacional Cassini, os cientistas exploraram os montes anulares que envolvem alguns dos corpos líquidos encontrados nos polos da mai

Observação de supernova, a primeira do seu tipo, usando um satélite da NASA

Ilustração do brilho resplandecente de uma estrela. Crédito: Pixabay Quando o TESS (Transiting Exoplanet Survey Satellite) da NASA foi lançado para o espaço em abril de 2018, o seu objetivo era específico: procurar novos planetas no Universo. Mas numa investigação publicada recentemente, uma equipa de astrônomos da Universidade Estatal do Ohio mostrou que o levantamento, apelidado TESS, também pode ser usado para monitorizar um tipo específico de supernova, dando aos cientistas mais pistas sobre o que faz com que as anãs brancas expludam - e sobre os elementos que essas explosões deixam para trás. "Nós sabemos há anos que estas estrelas explodem, mas temos ideias terríveis do porquê," disse Patrick Vallely, autor principal do estudo e estudante de astronomia da mesma universidade. "A coisa mais importante aqui é que somos capazes de mostrar que esta supernova não é consistente com uma anã branca que retira massa diretamente de uma companheira estelar - o tipo de

Gaia começa a mapear a barra da nossa Galáxia

Esta imagem mostra a distribuição de 150 milhões de estrelas na Via Láctea, usando a segunda versão de dados da missão Gaia em combinação com levantamentos óticos e infravermelhos, com os tons laranja/amarelo indicando uma maior densidade de estrelas. A maioria destas estrelas são gigantes vermelhas. A distribuição é sobreposta a uma visão artística da nossa Via Láctea. Enquanto a maioria das estrelas estão localizadas mais perto do Sol (a maior mancha laranja/amarela na parte inferior da imagem), uma característica grande e alongada povoada por muitas estrelas também é visível na região central da Galáxia: esta é a primeira indicação geométrica da barra galáctica. As distâncias das estrelas mostradas neste gráfico, juntamente com a temperatura da sua superfície e extinção - uma medida da quantidade de poeira que existe entre nós e as estrelas - foram estimadas usando o código de computador StarHorse. Crédito: dados - ESA/Gaia/DPAC, A. Khalatyan (AIP) & equipe StarHorse; mapa g

As três vitórias da União Soviética na corrida à Lua contra os EUA

Um presente jocoso: olhado pelo premiê soviético Khrushchev (à direita) e pelo vice-presidente Richard Nixon (esquerda), Dwight Eisenhower segura uma cópia da esfera enviada à Lua a bordo da Luna 2, em 1959 Fernando Duarte BBC World Service Em 15 de setembro de 1959, o premiê soviético Nikita Khrushchev chegou a Washington para uma visita histórica. Em um tour pela Casa Branca, Khrushchev deu ao presidente americano, Dwight Eisenhower, um objeto esférico com um emblema soviético entalhado. O presente continha um simbolismo: a esfera era uma cópia da levada a bordo pela missão Luna 2, que um dia antes havia se tornado a primeira sonda a chegar à superfície da Lua. Eles derrotariam os americanos outras duas vezes até que a agência espacial dos EUA, a Nasa, alcançou o grande feito de enviar os primeiros humanos à Lua com a Apollo 11, em 1969. Início da corrida espacial Ao chegar à Lua primeiro, os soviéticos pontuaram na Corrida Espacial que eles haviam iniciado em 1957 co

Serena Auñón-Chancellor: a astronauta que é especialista em questões médicas

SERENA AUÑÓN-CHANCELLOR NASCEU EM ABRIL DE 1976; SE ESCOLHIDA, TERÁ 47 ANOS QUANDO PISAR NA LUA (FOTO: NASA) Com graduação em Engenharia e em Medicina, ela é uma das mulheres que poderá ir à Lua com a missão Artemis, da NASA POR GIULIANA VIGGIANO ANASA anunciou no início de 2019 o projeto Artemis, que levará a primeira mulher à Lua até 2024. Pensando nisso, a GALILEU preparou o perfil de Serena Auñón-Chancellor, uma das 12 cientistas que fazem parte do time de astronautas da agência espacial hoje — e têm mais chances de pisar em solo lunar. Filha de um exilado cubano, Serena Auñón-Chancellor nasceu em Indiana, nos Estados Unidos. Embora tenha se graduado em Engenharia Elétrica, se especializou em Medicina, área na qual obteve um doutorado e concluiu residência, além de ter sido residente chefe do Departamento Interno de Medicina do país. Em agosto de 2006, foi escolhida para passar nove meses na Rússia apoiando operações médicas para membros da tripulação da Estação Espacial

Os efeitos do 5G no corpo humano

Uma nova tecnologia está vindo para os nossos celulares: o 5G. Embora seja promissor, o 5G está causando preocupações em algumas pessoas. Nesse vídeo eu explico quais são os efeitos dela no corpo humano. FONTE: Ciência Todo Dia

O grande eclipse solar de 2019

No dia 2 de Julho eu tive a oportunidade de ver o eclipse solar total sob os céus do Chile. A experiência foi inesquecível. FONTE: Ciência Todo Dia

Rosto de homem morto há 1,4 mil anos é recriado digitalmente

ROSTO DE PICTO ESCOCÊS CRIADO DIGITALMENTE EM NOVA PESQUISA (FOTO: CHRISTOPHER RYNN/UNIVERSITY OF DUNDEE) Ele era um dos pictos, os antigos habitantes da Escócia, e provavelmente fazia parte da realeza local: estudos indicam que o homem foi assassinado Pesquisadores escoceses reconstruíram a imagem do rosto de um picto – nome dado aos antigos habitantes da Escócia – que morreu há 1,4 mil anos. Segundo a análise, ele era membro da realeza ou uma autoridade de sua comunidade. Os restos mortais do homem de 30 anos, conhecido como Rosemarkie Man, foram encontrados em uma caverna na Ilha Negra das Terras Altas, e ficaram intocáveis por mais de um milênio. Arqueólogos encontraram seus ossos em uma posição estranha: pedras prendiam seus braços e pernas, que estavam cruzadas, e o crânio estava fraturado. Eles estimam que o rapaz foi assassinado. "Ele era um cara grande e forte, como um jogador de rúgbi", disse Simon Gunn, professor de história urbana da Universidade de Leice

Novo estudo sugere que há muito mais água na Lua do que pensávamos

A SUPERFÍCIE DA LUA PODERIA TER MAIS ÁGUA ESCONDIDA EM CRATERAS (FOTO: OLDAKQUILL/ WIKIMEDIA COMMONS) Depósito de gelo estaria no interior de crateras próximas ao pólo sul da superfície lunar A superfície lunar pode ter uma quantidade muito maior de água do que era imaginado. Isso é o que diz uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, que comparou áreas sombreadas protegidas do Sol na superfície de Mercúrio com crateras sombreadas semelhantes na Lua em um estudo publicado na revista Nature Geoscience . Eles concluíram que os depósitos de gelo, às vezes com vários metros de espessura, conseguiriam se manter no interior de crateras próximas ao pólo sul da Lua — o que poderia ser um grande negócio para futuras missões. A Lua não tem atmosfera, então o conteúdo das crateras fica exposto a impactos de meteoros e gases ionizados do Sol, conhecidos como ventos solares. A erosão, em seguida, eleva as partículas de água para fora da cratera, onde pode ser detectada por in

Megan McArthur: a astronauta essencial em missões do telescópio Hubble

MEGAN MCARTHUR NASCEU EM AGOSTO DE 1971; SE ESCOLHIDA, TERÁ 51 ANOS QUANDO PISAR NA LUA (FOTO: NASA) A engenheira é uma das 12 candidatas para integrar a missão Artemis, que levará a primeira mulher à Lua em 2024 POR GIULIANA VIGGIANO ANASA anunciou no início de 2019 o projeto Artemis, que levará a primeira mulher à Lua até 2024. Pensando nisso, a GALILEU preparou o perfil de Megan McArthur, uma das 12 cientistas que fazem parte do atual time de astronautas da agência espacial — e têm mais chances de pisar em solo lunar. Megan McArthur cresceu no norte da Califórnia, nos EUA, mas nasceu no Havaí. Após se formar no ensino médio, ingressou no curso de engenheira aeroespacial da Universidade da Califórnia. Também fez um doutorado em oceanografia na mesma instituição. MCARTHUR TRABALHA OS CONTROLES DO SISTEMA DE MANIPULAÇÃO REMOTO (RMS) NO CONVÉS DE VOO TRASEIRO DO ÔNIBUS ESPACIAL ATLANTIS (FOTO: NASA) Antes de se tornar astronauta, McArthur conduziu pesquisas em propagação

Abdução foi objeto de investigação criminal? (Pesquisas 27)

Programa abordando o clássico caso de abdução ocorrido na Escócia, em 9 de novembro de 1979, com o engenheiro florestal Robert Taylor, numa floresta Dechmont, em Livingston, West Lothian. O episódio foi investigado pela polícia local e até o presente momento não teve uma conclusão do caso, sendo que o mesmo foi arquivado após o falecimento de “Bob” Taylor com 88 anos de idade. Marcas ficaram estampadas no local e a vítima voltou para a sua residência com escoriações e as roupas rasgadas. FONTE: Enigmas e Mistérios Veja também: Acesse os demais programas da série Pesquisas no final da matéria do link "Pesquisas 20": Ovnis na Rodovia dos Imigrantes - SP (Pesquisas 20) Ovnis em Iporanga - SP (Pesquisas 21) Marca de pouso em Itapiúna - CE? (Pesquisas 22) Disco voador visto por mais de 100 policiais em São Paulo - SP (Pesquisas 23) Seria um ovni gravado em moeda do século XVII? (Pesquisas 24) Luz vampira ataca no Amazonas (Pesquisas 25) Discos invadem a cap

Entrelaçamento quântico é fotografado pela primeira vez

A exemplo da primeira foto de um buraco negro, a coisa não parece tão deslumbrante: Mas esta é a base de toda a computação quântica. [Imagem: Moreau et al. - 10.1126/sciadv.aaw2563] Foto do entrelaçamento quântico Pela primeira vez, os físicos conseguiram tirar uma foto de uma forma particularmente forte de entrelaçamento quântico - chamada de entrelaçamento de Bell -, capturando as primeiras evidências visuais de um fenômeno que Albert Einstein tentou desprezar chamando-o de "ação fantasmagórica à distância". Duas partículas que interagem uma com a outra - como dois fótons passando por um divisor de feixe, por exemplo - podem criar uma conexão íntima, compartilhando instantaneamente seus estados físicos, não importando quão grande seja a distância que as separe daí por diante - mexa com um e você instantaneamente afetará o outro. Essa conexão é conhecida como entrelaçamento quântico - ou emaranhamento quântico - e, apesar de não ter agradado Einstein, é um dos pila

Terraformação: este material pode tornar Marte habitável

O efeito estufa localizado gerado sob o gelo de Marte cria bolsões de calor relativo durante o verão. [Imagem: Harvard SEAS] Tornar Marte habitável Regiões da superfície marciana poderiam ser tornadas habitáveis usando um aerogel de sílica, diz um trio de pesquisadores dos EUA e da Escócia. Esse material seria capaz de imitar o efeito estufa atmosférico da Terra, provendo bolsões de calor para tornar Marte habitável pelos seres humanos - a temperatura média no planeta vermelho é de -60º C. Através de modelagem e de experimentos, os pesquisadores demonstraram que um escudo de aerogel de sílica de 2 a 3 centímetros de espessura pode transmitir luz visível suficiente para a fotossíntese, bloquear a radiação ultravioleta perigosa e elevar a temperatura acima do ponto de fusão da água, tudo sem a necessidade de qualquer fonte de calor interna. Terraformação Carl Sagan foi o primeiro fora do reino da ficção científica a propor a terraformação. Em um artigo de 1971, Sagan sugeri

Índia lança missão para confirmar gelo no polo sul da Lua

O módulo de pouso e o robô irão se comunicar com um orbitador, cuja missão deverá durar pelo menos um ano. [Imagem: ISRO] Há mesmo gelo na Lua? A agência espacial indiana (ISRO) lançou com sucesso o foguete Mk-III, levando a bordo a missão Chandrayaan 2 (Veículo Lunar 2). Será a primeira missão a pousar em um dos locais considerados mais promissores para uma base espacial na Lua, o Polo Sul do satélite, onde o frio e a escuridão das crateras criam condições para a existência de gelo de água. Em vez de um voo direto, como feito pelas naves da missão Apolo, a nave indiana ficará circulando a Terra em órbitas cada vez mais abertas, até ser capturada pela gravidade da Lua, quando então iniciará uma série de órbitas "de descida" em direção ao seu destino. Assim, em vez de três ou quatro dias de viagem, a Chandrayaan 2 levará cerca de seis semanas, devendo chegar à Lua em 7 de Setembro. A grande vantagem é que isso permitiu o projeto de uma missão completa pesando men

Cientistas criam primeiro ‘líquido magnético’, que pode revolucionar a medicina

A nova descoberta permite atacar as células doentes de forma mais eficaz Redação BBC News Mundo A ciência nunca tinha criado um material que fosse ao mesmo tempo líquido e com propriedades magnéticas. Agora, um grupo de cientistas do Laboratório Nacional Lawrence Berkeley (mais conhecido como Berkeley Lab), nos EUA, conseguiu combinar as duas coisas em um material - e as possíveis aplicações são inúmeras. A equipe, liderada pelos cientistas Tom Russell e Xubo Liu, usou uma impressora 3D modificada para criar a substância. A pesquisa "abre a porta para uma nova área na ciência da matéria branda magnética", disse Russell, que é professor de ciência de polímeros e engenheiro da Universidade de Amherst, em Massachussets, nos EUA. Em termos concretos, a substância pode provocar uma verdadeira revolução em campos como a medicina e a robótica. As gotas líquidas magnéticas podem ser guiadas por meio de ímãs externos - o que permitiria "guiar", do lado de for