Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de setembro 23, 2018

Tempestades de poeira em Titã descobertas pela primeira vez pela Cassini

Impressão de artista de uma tempestade de poeira em Titã. Os investigadores pensam que podem ser levantadas grandes quantidades de poeira em Titã, a maior lua de Saturno, por fortes rajadas de vento que têm origem em poderosas tempestades de metano. Estas tempestades de metano, observadas anteriormente em imagens obtidas pela sonda Cassini, podem formar campos de dunas que cobrem as regiões equatoriais desta lua, especialmente perto do equinócio, a altura do ano em que o Sol atravessa o equador. Crédito: IPGP/Labex UnivEarthS/Universidade de Paris Diderot - C. Epitalon & S. Rodriguez Dados da sonda internacional Cassini, que explorou Saturno e as suas luas entre 2004 e 2017, revelaram o que parecem ser tempestades de poeira gigantes nas regiões equatoriais de Titã. A descoberta, descrita num artigo publicado na Nature Geoscience, faz de Titã o terceiro corpo do Sistema Solar onde foram observadas tempestades de poeira - os outros dois são Terra e Marte. A observação está a

Lua marciana pode ter surgido de um impacto com o planeta

Fobos, a maior das duas luas de Marte, é a lua mais escura do Sistema Solar. Este aspeto escuro inspirou a hipótese de que a lua em íntima órbita pode ser um asteroide capturado, mas a sua dinâmica orbital parece discordar. Um novo estudo sugere que a composição de Fobos pode ser mais como a crosta vulcânica do Planeta Vermelho do que parece, consistente com uma origem para a lua baseada num antigo e violento impacto com Marte. Crédito: G: Neukum (FU Berlin), et al./Mars Express/DLR/ESA; reconhecimento - Peter Masek As estranhas formas e cores das pequenas luas marcianas, Fobos e Deimos, têm inspirado um longo debate sobre as suas origens. As faces escuras das luas lembram os asteroides primitivos do Sistema Solar exterior, sugerindo que as luas podem ser asteroides capturados há muito tempo pela atração gravitacional de Marte. Mas as formas e ângulos das órbitas das luas não encaixam neste cenário de captura. Um novo olhar sobre dados com 20 anos, da missão Mars Global Survery

Gaia faz alusão à vida turbulenta da nossa Galáxia

Ilustração de uma perturbação nas velocidades das estrelas na nossa Galáxia, a Via Láctea, revelada pela missão Gaia da ESA. Os cientistas que analisam a segunda versão dos dados do Gaia mostraram que a nossa Via Láctea ainda sofre os efeitos de uma quase colisão que fez com que milhões de estrelas se movessem como ondulações num lago. O encontro próximo provavelmente ocorreu há 300-900 milhões de anos, e o culpado pode ser a galáxia anã de Sagitário, uma galáxia pequena com algumas dezenas de milhões de estrelas que está atualmente no processo de ser canibalizada pela Via Láctea. Foi descoberto devido ao padrão de movimento que deu às estrelas no disco da Via Láctea - um dos maiores componentes da nossa Galáxia. Crédito: ESA A missão de cartografia de estrelas da ESA, Gaia, mostrou que a nossa Galáxia Via Láctea ainda está a sofrer os efeitos de uma quase colisão, que colocou milhões de estrelas a mover-se como ondas num lago. O encontro próximo ocorreu, provavelmente, nos últ

Astrônomos procuram por sinais de vida alienígena em Andrômeda

A GALÁXIA DE ANDRÔMEDA (FOTO: WIKIMEDIA/ADAM EVANS) As chances são minúsculas mas o esforço é válido, dizem os cientistas Um grupo de astrônomos deu os primeiros passos na busca por vida alienígena na galáxia de Andrômedra, como parte de uma nova pesquisa. O projeto, chamado Trillion Planet Survey, está sendo organizado pela University of California, e acredita que se há uma civilização além da nossa que está enviando sinais pelo espaço, é possível encontra-los. O time está buscando por transmissões de uma civilização similar ou mais avançada que a nossa, acreditando que ela possa estar enviando sinais de sua presença através de feixes ópticos, segundo um comunicado emitido pelos cientistas. Isto é conhecido como Optical SETI (Busca por Inteligência Extraterrestre, em tradução livre). Baseados em um estudo de 2016 realizado por Philip Lubin, líder do projeto, a equipe realiza a busca apoiada na ideia de que há outra civilização que ainda não nos conhece, mas está tentando fa

Analisada a única anã branca orbitada por fragmentos planetários

Ilustração mostra um disco de poeira e fragmentos planetários em torno de uma estrela. Crédito: NASA/JPL-Caltech O estudo, liderado por Paula Izquierdo, aluna de doutoramento do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC) e da Universidade de La Laguna (ULL), aprofundou a análise desta excecional anã branca, que mostra trânsitos periódicos produzidos por fragmentos de um planetesimal dizimado. As observações usadas para esta investigação foram obtidas com o GTC (Gran Telescopio Canarias) e com o Telescópio Liverpool. O artigo, publicado recentemente na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, confirma a evolução contínua dos trânsitos produzidos pelos remanescentes de um planetesimal em órbita da anã branca WD 1145+017. Estes "detritos" passam em frente da estrela a cada 4,5 horas, bloqueando uma fração da luz da estrela. A interação contínua e a fragmentação destes detritos provocam grandes mudanças na profundidade e na forma dos trânsitos observados.

Técnica com ultra definição consegue analisar vasos sanguíneos de múmia

MÚMIA É ANALISADA EM LABORATÓRIO SUECO (FOTO: DIVULGAÇÃO) Pesquisadores utilizaram tomografia computadorizada para pesquisar as características de múmia que foi embalsamada há 2,4 mil anos As novas tecnologias da Medicina também são utilizadas por pesquisadores para entender o passado: cientistas do Instituto Real de Tecnologia, localizado na Suécia, utilizaram técnicas da tomografia computadorizada para conhecer em detalhes os nervos e vasos sangúineos da mão de uma múmia com mais de 2,4 mil anos de idade. As tomografias utilizam o mesmo princípio dos raios-X para produzir imagens, mas realizam isso de maneira muito mais detalhada: ao emitir feixes de raios-X por meio de um tubo, são criados diferentes graus de contraste em uma imagem. Processadas em um computador, essas informações exibem uma análise minuciosa das estruturas internas do organismo humano. Até então, os pesquisadores nunca haviam adaptado o uso da tomografia computadorizada para analisar uma peça biológica que

Os rovers da missão Hayabusa2 fizeram uma série de imagens na superfície do asteroide Ryugu (Atualizado)

Por: George Dvorsky Os rovers japoneses MINERVA-II enviaram uma leva de novas fotos do Ryugu, incluindo um impressionante novo vídeo filmado a partir da superfície rochosa do asteroide. O vídeo de 15 quadros foi capturado pelo MINERVA-II2, também conhecido como Rover 1B, em 23 de setembro, no mesmo dia em que ele e seu companheiro, o MINERVA-II1, pousaram no Ryugu, um asteroide localizado a 280 milhões de quilômetros da Terra. Os rovers foram despachados pela sonda espacial japonesa Hayabusa2, que chegou à órbita do asteroide em junho deste ano. Versão de um artista para os rovers MINERVA-II. Ilustração: JAXA MINERVA-II, caso você esteja se perguntando, é uma abreviação de MIcro Nano Experimental Robot Vehicle for Asteroid, the second generation” (“Veículo-Robô Experimental Micro Nano para Asteroide, segunda geração”, em tradução livre), com a a primeira versão sendo o MINERVA, para a primeira missão Hayabusa da JAXA, a agência espacial japonesa. Rover-1B succeeded in sho

Descoberta de 60 mil construções revoluciona estudos sobre povo maia

ESTRUTURAS MAIAS VISTAS COM LASER (FOTO: F. ESTRADA-BELLI/PACUNAM) Mapeamento a laser mostra uma civilização muito mais complexa do que se pensava até agora: análise sugere que entre 7 e 11 milhões de pessoas viveram na região da América Central Pesquisadores da Fundação do Patrimônio Cultural e Natural Maia (PACUNAM) apontam que cidades antigas da civilização maia eram maiores e mais complexas do que se pensava até agora. Acreditava-se que os maias haviam construído pequenos municípios, mas uma nova análise mostra que eles podiam manipular o meio ambiente e a geografia, praticando uma agricultura que sustentou grandes populações.A análise sugere que entre 7 e 11 milhões de pessoas viveram na região entre os anos 650 a 800. Em um novo estudo, estudiosos utilizaram a tecnologia LiDAR, que disparava luz laser no solo por meio de um avião. Isso possibilitou a criação de mapas 3D que revelaram a topografia de mais de 2 mil km² de terrenos. As áreas ficam em uma região de florestas t

Grande Colisor de Hádrons identifica duas novas partículas

GRANDE COLISOR DE HÁDRONS (LHC) DO CERN (FOTO: FLICKR/FRANK WEBER/CREATIVE COMMONS) Elas foram descobertas após atingirem um desvio padrão no decaimento de partículas Cientistas afirmaram que o Grande Colisor de Hádrons (LHC, na sigla em inglês) identificou duas novas partículas nunca vistas antes. Além disso, o acelerador pode ter encontrado evidências de uma terceira. As duas novas partículas, previstas pelo modelo padrão de quarks, são bárions, a mesma família de partículas dos prótons usados ​​em experimentos do LHC. Os bárions são compostos de três quarks – que apresentam diferentes tipos: up, down, strange, charm, bottom, e top. Os prótons consistem em dois quarks up e um quark down, enquanto os nêutrons consistem em um quark up e dois quarks down, por exemplo. Mas as duas novas partículas descobertas têm uma composição diferente. Nomeadas de Σb (6097)+ e Σb (6097) -, elas consistem em dois quarks up e um quark bottom; e dois quarks down e um quark bottom, respectivame

'História em quadrinhos' de 2 mil anos é encontrada na Jordânia

HISTÓRIA EM QUADRINHOS DE 2 MIL ANOS (FOTO: CNRS HISOMA) Imagens pintadas em parede de túmulo contam uma versão mitológica da criação da cidade de Capitolias Um túmulo localizado no atual território da Jordânia, no Oriente Médio, chamou a atenção de arqueólogos: nele, há 260 imagens ordenadas de forma a contar a história da formação da cidade das Capitolias, e provavelmente de seu fundador ali enterrado, com formas arcaicas de balõezinhos de fala que representam uma história em quadrinhos de 2 mil anos de idade. Duas câmaras funerárias e um grande sarcófago de basalto foram descobertos por uma escavadeira mecânica que trabalhava na encosta de uma colina, em frente a uma escola da vila de Bayt Ras, no norte do país, em 2016. O túmulo está localizado no local da antiga cidade das Capitolias, que foi fundada no final do primeiro século e fazia parte da Decápolis, uma região que reunia cidades com influências das culturas grega e romana, entre a Jordânia e a Síria. Em outros túm

Japoneses divulgam novas fotos tiradas da superfície de asteroide

FOTO REGISTRADA POR UMA DAS SONDAS JAPONESAS (FOTO: DIVULGAÇÃO) Essa é a primeira vez que sondas conseguiram aterrissar com sucesso na superfície de um asteroide Na última semana, a agência espacial japonesa (JAXA) fez história ao pousar com sucesso duas pequenas sondas na superfície do asteroide Ryugu, localizado a 280 milhões de quilômetros de distância da Terra. Agora, os cientistas começam a receber informações mais detalhadas do objeto espacial: novas imagens foram produzidas pelos minijipes, que foram batizados de Minerva II-1. As duas sondas, que pesam cerca de um quilo cada uma, foram lançadas da espaçonave Hayabusa-2. Elas foram desenvolvidas para percorrer a superfície do asteroide e coletar informações como massa, densidade e gravidade do objeto espacial, determinando sua composição mineral e elementar. FOTO DA SUPERFÍCIE DO ASTEROIDE RYUGU (FOTO: DIVULGAÇÃO) Lançada em dezembro de 2014, a Hayabusa-2 (que em japonês significa "falcão peregrino") chegou

Cientistas criam "HD" com átomo que pode ter armazenamento infinito

ÁTOMOS DE COBALTO MAGNETIZADOS (FOTO: RADBOUD UNIVERSITY) Dispositivo ainda vai demorar para chegar em equipamentos eletrônicos, mas promete guardar milhares de vezes mais informações Pesquisadores da Universidade Radboud, na Holanda, deram um novo passo no armazenamento compacto de dados: criaram um "HD" feito com um único átomo. Eles desenvolveram um mecanismo que pode funcionar em temperatura ambiente, e que pode ter capacidade praticamente infinita para guardar vídeos e fotos. Segundo o portal Science Alert, os átomos são o menor objeto em que é possível armazenar um bit (unidade de informação). Com isso, o tamanho dos discos rígidos existentes poderiam ser diminuídos em cerca de mil vezes. No novo estudo, publicado na revista Nature Communications , foram escolhidos átomos de cobalto de uma camada de fósforo preto semicondutor. O método usado para magnetizar os átomos para armazenar bits diferia da abordagem usual de utilizar o momento angular de spin (modo como

Holograma de Mae Jemison homenageia mulheres na ciência em museu dos EUA

MAE JEMISON (FOTO: NASA (GREAT IMAGES IN NASA DESCRIPTION), VIA WIKIMEDIA COMMONS) Projeto com a primeira astronauta negra quer reforçar a diversidade na área espacial A partir de agora, quem passar por Nova York e visitar o ônibus espacial Enterprise no Intrepid Sea, Air & Space Museum será recebido por um holograma de ninguém menos do que a Dra. Mae Jemison, primeira mulher negra a chegar ao espaço. O projeto faz parte da exposição "Defying Gravity: Women in Space", que divulga a trajetória de diversas mulheres na área da ciência e tecnologia. Com o holograma 3D e em tamanho real de Jemison, os visitantes podem conhecer um pouco sobre a vida da astronauta, da infância a viagem ao espaço, em 1992. "Eu acompanhava a exploração espacial de perto, mas sempre me irritou que não haviam mulheres à frente disso. E quando as pessoas tentavam me explicar o porquê, eu sabia que elas estavam erradas", diz o holograma. CONSTRUÇÃO DO HOLOGRAMA DE MAE JEMISON (FO

Que tal alugar o poder computacional subutilizado dos seus aparelhos?

O sistema DisCoEdge pretende transformar nossa concepção de propriedade de equipamentos eletrônicos para melhorar os serviços atuais e criar novos - e pagar por isso.[Imagem: IMDEA Networks Institute] Computação pelas bordas Existem milhões - talvez bilhões - de equipamentos eletrônicos subutilizados no mundo. O poder de armazenamento, rede, sensoriamento e computacional de roteadores, laptops, computadores domésticos e estações rádio-base cresce a cada nova versão e cada lançamento de novo produto. Por que não colocar todos esses gigabytes extras de memória e essas unidades de processamento para trabalhar de forma colaborativa e expandir os serviços disponíveis para todos nós? Essa é a ideia de Vincenzo Mancuso e Antonio Fernández Anta, do Instituto de Redes IMDEA, na Espanha. Evidentemente, isso exigirá mudar nossa concepção de propriedade sobre os aparelhos, criar novos sistemas de segurança e criar mecanismos para que quem cede os aparelhos seja remunerado por isso. É o

O ufólogo arrependido: em Itaara (RS), fundador de museu dedicado ao tema dedica-se aos óvnis e também à ciência (1º parte)

Hernán Mostajo, fundador do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência de Itaara (Carlos Macedo / Agencia RBS) Instituição do pequeno município da região central do Rio Grande do Sul é referência em ufologia Cercado por esculturas de ETs e por objetos de indivíduos que juraram ter viajado em nave espacial, ter visitado outros planetas e ter se esbaldado em forrobodós libidinosos intergalácticos, Hernán Mostajo, fundador e diretor do Museu Internacional de Ufologia, História e Ciência, estufa o peito e proclama, em tom desafiador: – Ufólogo não entra aqui! Ufólogo não tem coragem de entrar aqui! Eis uma afirmação com potencial para intrigar desatentos. Por que diabos, afinal, ufólogos teriam receio de visitar um museu de ufologia? Para chegar à resposta, é necessário compreender a trajetória de Hernán, um santa-mariense de 1968 que teve a infância embebida no estimulante caldo da conquista do espaço. Quando Hernán tinha um ano, o homem pisou na Lua pela primeira vez,

Galileu falsificou a própria carta para tentar escapar da Inquisição

Até então, pensava-se que uma carta famosa em que Galileu critica a Bíblia havia sido adulterada para comprometê-lo. Agora, pesquisadores revelaram que ele descascou mesmo o abacaxi – e só depois fez rasuras para baixar o tom. Por Bruno Vaiano Em 12 dezembro de 1613, a grã-duquesa Cristina perguntou de curiosidade ao matemático Benedetto Castelli, professor da Universidade de Pisa, se era a Terra o centro do universo. Até onde se sabe, foi um papo leve, com salmos bíblicos mencionados aqui e ali à título de argumentação. Nada de acusações graves por parte da nobre – nem de blasfêmias por parte do cientista. Castelli foi aluno de Galileu Galileu, então acabou tocando no assunto com seu antigo professor. Galileu ficou animado com o papo, e em 21 de dezembro respondeu a Castelli com uma carta de sete páginas, em que descrevia resumidamente suas observações astronômicas. Entre as conclusões mencionadas, estava a de que é a Terra que gira em torno do Sol, e não o contrário. Dois anos