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Mostrando postagens de setembro 8, 2019

Nova imagem de Saturno capturada pelo Hubble impressiona com clareza de detalhes

Foto: NASA/ESA Por Daniele Cavalcante O Telescópio Espacial Hubble capturou uma belíssima imagem de Saturno no dia 20 de junho, quando o planeta fazia sua movimentação mais próxima da Terra neste ano. Hoje, a NASA e a Agência Espacial Europeia (ESA) divulgaram a imagem, que é a segunda de uma série anual de capturas realizadas como parte do projeto Legacy Atmospherees Outer Planets (OPAL). A OPAL ajuda os cientistas a entender a dinâmica atmosférica e a evolução dos gigantes gasosos do nosso Sistema Solar. No caso de Saturno, os astrônomos poderão acompanhar os padrões climáticos variáveis e outras mudanças para identificar as tendências daquele planeta. Nesta imagem, realizada pela Wide Field Camera 3 quando o planeta estava a cerca de 845 milhões de quilômetros de distância, destaca-se o brilho nos anéis e detalhes atmosféricos — que antes só poderiam ser vistos por naves que de fato visitassem a órbita do planeta. Hoje, graças à tecnologia do Hubble, é possível observar ess

Os 50 anos da chegada do homem à Lua: livros sobre o espaço

Foto: NASA No dia 20 de julho de 1969, um importante marco da história da exploração espacial foi escrito. O astronauta Neil Armstrong desembarcou do módulo lunar Eagle e se tornaram o primeiro homem a pisar na Lua. Ele foi seguido pelo Buzz Aldrin, segundo homem a chegar à superfície de nosso satélite natural. O terceiro astronauta da missão Apollo 11, Michael Collins, permaneceu no módulo de comando e serviço Columbia na órbita do satélite e não tocou o solo lunar. Para comemorar, reunimos uma lista de livros para você conhecer em detalhes os bastidores do programa espacial norte-americano no contexto da corrida espacial da Guerra Fria, bem como se aproximar das biografias e memórias dos três astronautas da Apollo 11. Além disso, trouxemos também alguns títulos de cientistas e astronautas que contam como está a exploração espacial nos dias de hoje e quais são as perspectivas para as próximas décadas. As missões para a Lua A missão Apollo 11 foi a primeira de seis a levarem a

Cientistas descobrem água na atmosfera de exoplaneta a 110 anos-luz da Terra

Por Daniele Cavalcante Usando dados obtidos pelo telescópio espacial Hubble, cientistas detectaram vapor de água e possivelmente nuvens de chuva na atmosfera de um exoplaneta localizado a cerca de 110 anos-luz da Terra. Este mundo, descoberto em 2015, fica na zona habitável de sua estrela, e é possível que exista até mesmo chuva por lá. Batizado de K2-18b, o planeta orbita perto o suficiente de uma estrela anã vermelha para receber a mesma quantidade de radiação que a Terra recebe do nosso Sol. Björn Benneke, professor do Instituto de Pesquisa sobre Exoplanetas da Universidade de Montreal, disse que "de certa forma, esse é o 'Santo Graal' do estudo de planetas extrasolares”, referindo-se às evidências de água líquida e até mesmo de nuvens que produzem chuva. Este estudo foi publicado na última terça-feira (10) no arXiv.org . Já na quarta-feira (11), um segundo estudo, de uma outra equipe de pesquisa, foi publicado na revista Nature Astronomy , também para anunciar

Astrônomos descobrem estranhas "bolhas" de ondas de rádio no meio da Via Láctea

Por Daniele Cavalcante Uma equipe internacional de astrônomos descobriu um dos maiores fenômenos já observados no centro da Via Láctea: duas “bolhas” gigantes emissoras de ondas de rádio, acima e abaixo da região central da nossa galáxia. Essa foi a primeira grande descoberta do telescópio sul-africano MeerKAT, inaugurado há pouco mais de um ano. Esses objetos se estendem por um total de 1.400 anos-luz, que correspondem a cerca de 5% da distância entre o Sistema Solar e o centro da galáxia. Essas estruturas em forma de bolhas podem ser observadas porque, dentro delas, os elétrons se movem e produzem ondas de rádio à medida em que são acelerados por campos magnéticos. No estudo publicado na Nature nesta quarta-feira (11), os cientistas mostraram como esse fenômeno, que supera todas as outras estruturas de rádio do nosso centro galáctico, é provavelmente o resultado de uma explosão perto do buraco negro supermassivo da Via Láctea (o Sagittarius A*), algo que teria acontecido há alg

Explosões em Titã, lua de Saturno, teriam formado intrigantes lagos de metano

Conceito de um artista que retrata um lago no polo norte de Titã. Aros elevados semelhantes a muralhas não podem ser explicados pela formação dos lagos cársticos. Por Daniele Cavalcante A sonda Cassini, da NASA, deu seu mergulho final em Saturno em 2017, mas os dados coletados por ela durante seus vários anos de atividade ainda rendem frutos. Um estudo divulgado na segunda-feira (9) traz algumas revelações sobre Titã, a maior lua do planeta, e a segunda maior do Sistema Solar. De acordo com os pesquisadores, os lagos de metano de Titã são, na verdade, fruto de crateras de explosão. Este satélite natural de Saturno é o único lugar do nosso sistema estelar, além do nosso planeta, que possui líquido estável em sua superfície. Ali há imensos lagos de metano, que curiosamente têm um ciclo semelhante ao ciclo da água que vemos aqui na Terra. Ou seja, lá chove metano e etano — nós os conhecemos aqui como gases, mas em Titã eles se comportam como líquidos. Esse ciclo do metano é impor

Cientistas "ouvem" eco de buraco negro e comprovam teoria de Einstein outra vez

Por Daniele Cavalcante Físicos do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) "ouviram" pela primeira vez o zunido ecoante de um buraco negro recém formado, resultado da colisão de dois buracos negros massivos, e acabaram comprovando mais uma vez uma teoria de Albert Einstein. É que o físico alemão previu que esse evento de colisão entre dois buracos negros massivos deveria zunir, produzindo ondas gravitacionais parecidas com as geradas na reverberação de um sino. A descoberta foi publicada nesta quarta-feira (11) no Physical Review Letters. No estudo, os cientistas confirmaram a ideia de que os buracos negros não possuem nenhum “cabelo”. É que, segundo a teoria de Einstein, buracos negros devem apresentar apenas três propriedades observáveis: massa, rotação e carga elétrica. Qualquer outra coisa além disso deve ser engolida pelo próprio buraco negro. Essas outras características foram apelidadas pelo físico John Wheeler de “cabelo” no que foi chamado de "Teorem

Conheça o "farejador de gás" e outros instrumentos que a NASA enviará à Lua

Por Daniele Cavalcante Quatro instrumentos comerciais foram escolhidos pelo Goddard Space Flight Center, da NASA, para voar na primeira leva de novas viagens à Lua realizadas pela agência espacial, agendadas para começar no início de 2020. Eles farão parte de um conjunto maior de ferramentas que serão usadas para realizar os primeiros experimentos científicos da NASA na superfície lunar desde a era Apollo. Esses instrumentos ajudarão os cientistas a compreender melhor a Lua antes que a agência inicie o programa Artemis, que levará seres humanos novamente ao satélite natural em 2024. Com tecnologias avançadas, os equipamentos vão coletar informações sobre a quantidade de água na atmosfera lunar e em sua superfície, medirão campos magnéticos e determinarão a frequência de sinais de rádio que podem alcançar a Lua. Ressuscitando o modelo japonês O instrumento SEAL construído em 1998 como um modelo de engenharia para a primeira espaçonave interplanetária do Japão (Foto: NASA / Go

Componente neuromórfico imita memória e esquecimento do cérebro

Processadores neuromórficos poderão ser maciçamente paralelos, juntarem memória e processamento nos mesmos componentes e, em última instância, levarem à chamada inteligência artificial em hardware. [Imagem: Elena Khavina/MIPT] Cérebro artificial Engenheiros russos criaram um componente de memória que é capaz de imitar as sinapses do cérebro não apenas na forma de "aprender" - gravar um dado - mas também na forma de esquecer o dado, apagando-o por conta própria quando ele não é acessado por um longo tempo. Memórias neuromórficas, que imitam a forma de funcionamento dos neurônios cerebrais, prometem computadores que funcionam de forma mais rápida por serem maciçamente paralelos, por juntarem memória e processamento nos mesmos componentes e, em última instância, levarem à chamada inteligência artificial em hardware, e não apenas em programas. O componente principal de um neurocomputador não é um transístor, mas um memoristor, um componente que guarda dados não em estad

Cientistas descobrem novo tipo de onda de luz com base em estudos do século 19

A nova onda pode ter diversas aplicações tecnológicas e foi descoberta com ajuda de cálculos de 160 anos atrás (Reprodução) Cientistas descobriram um novo tipo de onda de luz, anteriormente desconhecida, baseados no trabalho pioneiro de um cientista escocês do século 19. Equações desenvolvidas pelo renomado físico e matemático James Clerk Maxwell ajudaram a revelar como cristais podem ser manipulados para produzir uma forma única de onda de luz. O fenômeno — recentemente nomeado de ondas Dyakonov-Voigt — pode ter uma variedade de aplicações úteis, como, por exemplo, melhorar os biossensores usados para rastrear amostras de sangue ou desenvolver circuitos de fibra óptica que transferem dados com mais eficiência. Cientistas e engenheiros da Universidade de Edimburgo e da Universidade Estadual da Pensilvânia fizeram a descoberta analisando como a luz — que viaja na forma de ondas — interage com certos cristais naturais ou artificiais (feitos pelo ser humano) Eles descobriram qu

Galáxias nos deixam um pouco mais perto de conhecer o neutrino, a “partícula fantasma”

Hercules galaxy cluster – Foto: ESO/INAF-VST/OmegaCAM CC BY-SA Compilando dados cosmológicos de diversas fontes, modelo matemático permitiu estimar massa do neutrino mais leve: ele é ao menos 6 milhões de vezes mais leve que um elétron Por Luiza Caires “Fantasmas” que, apesar de estarem em todos os lugares, quase não interagem com a matéria e atravessam inclusive nossos corpos, aos bilhões. Essa misteriosa partícula é o neutrino, que acaba de ter uma importante característica revelada. A massa do neutrino mais leve foi estimada como sendo ao menos 6 milhões de vezes mais leve do que a massa de um elétron. O estudo liderado pela University College London (UCL) foi feito em colaboração com o Institut d’Astrophysique de Paris, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a USP, e publicado no periódico Physical Review Letters – além de ser destacado pela revista Nature . “Sabemos como o neutrino afeta a distribuição de matéria no Universo”, diz Arthur Loureiro, pesquisador