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Mostrando postagens de janeiro 19, 2020

O Paradoxo do Teletransporte

Teletransportes até são legais na teoria, mas na vida real eles causariam alguns... paradoxos. A pessoa que entra em um teletransporte teria que ser morta para que um clone dela fosse criado na saída. E mesmo que elas fossem idênticas, isso levanta a pergunta: elas são a mesma pessoa? Esse é o famoso Paradoxo de Teseu, que lida com problemas de identidade e o que de verdade somos nós. FONTE: Ciência Todo Dia

As teorias que veem o Big Bang não como o início, mas uma 'transformação' do Universo

O Universo que podemos ver atualmente é composto de aglomerados de partículas, poeira, estrelas, buracos negros, galáxias e radiação - NASA/JPL-CALTECH/ESA/CXC/STSCI Patchen Barss BBC Future A história tradicional do Universo tem começo, meio e fim. Tudo começou com o Big Bang, 13,8 bilhões de anos atrás, quando o Universo era pequeno, quente e denso. Em menos de um bilionésimo de bilionésimo de segundo, aquele pequeno Universo se expandiu para mais de bilhões de vezes seu tamanho original por meio de um processo chamado "inflação cósmica". A seguir veio "a saída graciosa", quando a inflação parou. O Universo continuava se expandindo e esfriando, mas a uma fração da taxa inicial. Nos 380 mil anos seguintes, o Universo foi tão denso que nem a luz foi capaz se mover através dele — o cosmos era formado por um plasma opaco e superquente de partículas dispersas. Quando as coisas finalmente esfriaram o suficiente para os primeiros átomos de hidrogênio se f

A missão espacial que vai criar 'impressão digital' da Terra e ajudar a combater mudanças climáticas

Ilustração: Truths trabalhará com outros satélites para calibrar e validar suas observações - UKSA/NPL Jonathan Amos Repórter de Ciência da BBC O Reino Unido vai liderar uma missão espacial para fazer uma medida absoluta da luz refletida na superfície da Terra. As informações serão usadas para calibrar as observações de outros satélites, permitindo que seus dados sejam comparados com mais facilidade. Os planos para desenvolvimento da nova sonda, chamada de Truths, foram aprovados em novembro pelos países da Agência Espacial Europeia (Esa, na sigla em inglês). O objetivo é que os dados ajudem a reduzir a incerteza nas projeções de futuras mudanças climáticas. Cientistas e engenheiros se reuniram na terça-feira (22/01) para começar o processo. Representantes da indústria do Reino Unido, Suíça, Grécia, República Tcheca e Romênia se reuniram no centro técnico da Esa, na Inglaterra. A fase inicial do projeto conta com financiamento de 32,4 milhões de euros (R$ 160 milhões).

Por que o ‘dínamo’ da Lua se apagou, levando o satélite a perder seu campo magnético

Há bilhões de anos, o núcleo da Lua funcionava como um dínamo que gerava um campo magnético. A vida na Terra é possível graças a um poderoso escudo invisível. É o campo magnético que bloqueia as partículas dos ventos solares que bombardeiam incessantemente nosso planeta. Graças a esse campo magnético também existem as bússolas, um elemento essencial na vida cotidiana. A Lua, por outro lado, não possui um campo magnético em seu entorno, o que é um imenso desafio caso de uma eventual decisão de colonizá-la. Nosso satélite natural, no entanto, já teve um campo magnético bilhões de anos atrás. Os cientistas acreditam que ele já foi até mais forte do que o atual campo terrestre. Como esse campo magnético funcionou e por que ele praticamente desapareceu? Quando a Lua era 'jovem', a gravidade da Terra agitava seu núcleo o que gerava seu campo magnético - HERNÁN CAÑELLAS Y BENJAMIN WEISS/NASA Cavando entre as rochas Em uma pesquisa recente, um grupo de cientistas do In

O objeto giratório mais rápido do mundo, que pode revelar segredos da física quântica

O rotor nanométrico gira a uma velocidade de 300 bilhões de rotações por minuto - JAEHOON BANG/UNIVERSIDADE PURDUE Qual é o objeto que gira mais rápido? Um liquidificador, o pneu de um carro de corrida, a turbina de um avião? Esqueça todos eles. Um novo dispositivo criado por cientistas da Universidade Purdue, nos EUA, deixa para trás qualquer um dos concorrentes em um teste de velocidade de rotação. Trata-se de uma pequena partícula que gira a 300 bilhões de rotações por minuto. Para efeito de comparação, é 500 mil vezes mais rápida que a broca usada pelos dentistas. Além disso, é movida pela força da luz. Afinal, em que consiste este pequeno, porém potente dispositivo, e por que é importante para a ciência? O rotor é como se fosse um catavento de papel — um laser o sustenta, como se fosse uma haste, e o outro o faz girar, como se fosse o vento - GETTY IMAGES Um catavento rápido Esse minúsculo rotor em forma de haltere é uma nanopartícula de sílica, um mineral formad

Como cientistas recriaram a voz de uma múmia do Egito de 3 mil anos

Tomografia computadorizada forneceu as dimensões exatas do trato vocal de Nesyamun - SCIENTIFIC REPORTS Depois de 3 mil anos, cientistas conseguiram realizar o desejo manifestado por um sacerdote egípcio: ser ouvido após a morte. A voz de Nesyamun foi reproduzida com um som parecido com uma vogal, que lembra o balido de uma ovelha. O religioso viveu durante o reinado politicamente instável do faraó Ramsés 11, entre 1099 e 1069 a.C. Como sacerdote em Tebas, Nesyamun precisava de uma voz forte para conduzir os rituais, que muitas vezes envolviam cantorias. Quando ele morreu, sua voz se calou, mas agora uma equipe de pesquisadores a trouxe de volta à vida. Eles reproduziram a estrutura vocal de Nesyamun por meio de impressão 3D, após digitalizar a estrutura original para obter as dimensões exatas. E, com o auxílio de uma laringe eletrônica que gera som, eles conseguiram sintetizar o som de vogal que se supõe ser semelhante à voz de Nesyamun. O trato vocal artificial de N

Calor de erupção do Monte Vesúvio transformou cérebro de vítima em vidro

O estudo conclui que o material encontrado é um pedaço de um cérebro humano vitrificado - THE NEW ENGLAND JOURNAL OF MEDICINE/DR PIER PAOLO O calor da mais notória erupção do Monte Vesúvio, na Itália, foi tão extremo que transformou o cérebro da uma das vítimas em vidro, segundo um estudo publicado nesta quinta-feira (23), na revista científica New England Journal of Medicine. O famoso vulcão teve uma erupção no ano 79 d.C., matando milhares de pessoas e destruindo assentamentos romanos na região onde hoje fica Nápoles. O vilarejo de Herculaneum e seus habitantes foram soterrados por material vulcânico. O local virou um enorme túmulo, preservando os restos mortais de quem estava por ali. Recentemente, uma equipe de pesquisadores estudou um dos corpos mumificados, desenterrado no vilarejo em uma escavação nos anos 1960, e retirou fragmentos de um material negro e envidraçado do crânio da vítima. Os pesquisadores acreditam que o material negro é formado pelos restos vitrificad

A cratera de asteroide mais antiga do mundo encontrada na Austrália

Imagem da região de Yarrabubba tirada da Estação Espacial Internacional - INTERNATIONAL SPACE STATION Cientistas descobriram na Austrália o que disseram ser a cratera de asteroide mais antiga do mundo — que poderia explicar, segundo eles, o fim de uma das eras glaciais. O asteroide atingiu a região de Yarrabubba, na Austrália Ocidental, há cerca de 2,2 bilhões de anos, o que faz com que a cratera tenha cerca da metade da idade da Terra. Os pesquisadores da Universidade Curtin, na Austrália, chegaram à essa conclusão a partir da análise de minerais encontrados nas rochas do local. E consideram a descoberta, publicada nesta quarta-feira na revista científica Nature Communications, animadora — uma vez que pode representar um evento de aquecimento no planeta naquele período. Como eles dataram a cratera? A cratera foi descoberta em 1979 no interior desértico do país (o chamado outback), mas os geólogos ainda não haviam analisado quantos anos ela tinha. Devido a bilhões de ano

O que é a 'Grande Barreira' do Sistema Solar e o que ela nos diz sobre a origem da vida

Júpiter, Saturno, Urano e Netuno são gasosos, congelados e ricos em materiais carbônicos. (GETTY IMAGES) Assim como, na Terra, barreiras como cadeias de montanhas separam territórios, o Sistema Solar também possui uma divisa que demarca duas áreas muito distintas. Essa separação está localizada entre Marte e Júpiter. Em um estudo recente, alguns cientistas se referiram a essa fronteira como a "Grande Barreira". A fronteira marca o que poderia ser comparado com dois continentes diferentes. De um lado, está o continente dos chamados planetas terrestres (aqueles de formação sólida): Mercúrio, Vênus, Terra e Marte. Esses planetas, os mais próximos do Sol, são quentes, rochosos e cheios de metal. Do outro lado da fronteira fica o continente dos planetas jovianos (ou gasosos): Júpiter e, ao lado dele, Saturno, Urano e Netuno. Diferentemente dos terrestres, esses são gasosos, congelados e ricos em materiais carbônicos. A composição química do grupo de planetas de ambos

Bactérias e areia fazem tijolos vivos - que se reproduzem

A equipe fabricou tijolos vivos em vários formatos - e todos crescem quando cortados, formando novos tijolos. [Imagem: CEAS/Colorado University] Tijolos vivos Novos materiais de construção vivos, que podem crescer e se multiplicar, podem não apenas representar uma revolução no campo dos materiais de construção, como também ajudar a reduzir as emissões de gases de efeito estufa no futuro. Chelsea Heveran e seus colegas da Universidade do Colorado, nos EUA, desenvolveram uma técnica que combina areia e bactérias para criar um material vivo que possui uma função estrutural, sem perder suas funções biológicas, como a capacidade de reprodução. Heveran criou um suporte de areia e hidrogel para as bactérias crescerem. O hidrogel retém a umidade e os nutrientes para que as bactérias proliferem e mineralizem, um processo semelhante à formação de conchas do mar. Combinando os três, a equipe criou um material vivo "verde" que demonstra resistência estrutural semelhante à da ar

Funções cerebrais emergem em uma rede de nanofios

(a) A rede contém numerosas junções entre nanofios, que funcionam como elementos sinápticos. Quando a tensão é aplicada à rede (entre os eletrodos verdes), a rede encontra os melhores caminhos para a corrente (laranja). (b) Um cérebro humano e uma de suas redes neuronais, que funcionam por meio da propagação do sinal elétrico através da rede. [Imagem: NIMS] Processamento emergente Uma equipe de pesquisa internacional, liderada pelo Instituto Nacional de Ciência dos Materiais, no Japão, conseguiu fabricar uma rede neuromórfica composta por um emaranhado de nanofios metálicos. Usando essa rede, a equipe foi capaz de gerar características elétricas semelhantes às associadas a funções cerebrais de ordem superior típicas dos seres humanos, como memorização, aprendizado, esquecimento, alerta e retorno à calma. A rede foi construída integrando vários nanofios de prata (Ag) revestidos com uma camada isolante de polímero (PVP) com aproximadamente 1 nanômetro de espessura. Uma junção

É possível ter movimento sem ter tração

O rastejamento é um mecanismo bem conhecido de movimento sobre superfícies, mas é ineficaz para a migração rápida nos tecidos, onde as células precisam se espremer por pequenos espaços. Já a autopropulsão sem tração é totalmente adequada para isso. [Imagem: A. Loisy et al. - 10.1103/PhysRevLett.123.248006] Com informações da Universidade de Bristol Autopropulsão Uma equipe da Universidade de Bristol, no Reino Unido, acredita ter respondido positivamente a uma pergunta fundamental: "É possível mover-se sem exercer força sobre o ambiente?" Aurore Loisy e seus colegas foram encontrar essa resposta no que eles chamam de "autopropulsão sem tração da matéria ativa" - matéria ativa é algo que age por si só, como as coisas vivas, por exemplo. Compreender como as células se movem autonomamente é uma questão fundamental para biólogos e físicos. Mas os experimentos sobre a motilidade celular são geralmente realizados observando o movimento de uma célula em uma lâmi

Supercâmera captura 1 trilhão de quadros por segundo de objetos transparentes

Uma onda de choque fotografada através da água (Imagem: Reprodução/Caltech) Por Natalie Rosa Lihong Wang, professor do Caltech, uma das universidades de tecnologia mais importantes da atualidade, desenvolveu há cerca de um ano a câmera mais rápida do mundo. Ela é capaz de capturar 10 trilhões de quadros por segundo, sendo tão veloz que pode capturar a velocidade da luz em câmera lenta. Mas, na tentativa de criar algo ainda mais poderoso, Wang descobriu que o seu projeto não poderia tirar fotos do que não se pode ver, mas logo tratou de resolver isso. O cientista criou, então, uma nova câmera que pode capturar até cerca de um trilhão de quadros por segundo de objetos transparentes, chamada pCUP (phase-sensitive compressed ultrafast photography). A tecnologia usada por Wang na câmera é a de fotografia ultrarrápida compacta sensível à fase, que dá nome à invenção, capaz de capturar imagens de objetos transparentes, além de ondas de choque e, possivelmente, até mesmo de sinais que n

Rússia e China se juntam para lançar telescópio espacial independente da NASA

Por Felipe Junqueira Rússia e China se uniram para criar um possível concorrente para o telescópio espacial James Webb, sucessor do Hubble que será lançado em 2021. De acordo com o vice-diretor do Instituto de Astronomia a Academia Russa de Ciências, Mikhail Sachkov, os chineses procuraram o órgão para desenvolverem, juntos, o projeto que será chamado Telescópio Espacial de Montagem em Órbita (OAST, na sigla em inglês). “Nossos colegas chineses pediram ao nosso instituto que sejamos a organização científica do telescópio que eles estão promovendo”, disse Sachkov. “Eles queriam que a gente fornecesse a base científica para o projeto e equipamentos relevantes. Isso significa que eles farão o telescópio e a Rússia vai fazer o espectrômetro óptico”. O OAST deve ser o primeiro grande telescópio montado no espaço com supervisão de manipuladores robóticos. O instrumento terá 10 metros e será desenvolvido pelo Changchun Institute of Optics, Fine Mechanics and Physics junto ao instituto

Lentes gravitacionais causadas por matéria escura ajudam a estimar massa de partícula misteriosa

Apesar de invisível, matéria escura é capaz de afetar a luz que vem de objetos cósmicos até a Terra - Foto de campo profundo/Nasa É possível estimar a velocidade de algo que parece ser invisível a todos os instrumentos? Esse é o desafio que um grupo de físicos da Universidade da Califórnia em Davis está enfrentando. O foco deles é a matéria escura, a substância misteriosa que compõe cerca de um quarto do nosso universo. A pesquisa foi abordada nos avisos mensais da Royal Astronomical Society, da Inglaterra. Ainda não se sabe exatamente no que consiste a matéria escura. Mas é conhecida a atracão gravitacional exercida por aglomerados de matéria escura, capaz inclusive de distorcer a luz que chega até nós vinda de objetos distantes. Chris Fassnacht, professor de física da UC Davis, e colegas estão usando essa distorção, que é chamada de lente gravitacional, para aprender mais sobre as propriedades da matéria escura. As ideias mais difundidas sustentam que a matéria escura seria

Meteorito contém material mais antigo do que o Sistema Solar

Partículas tem idade estimada em 7.5 bilhões de anos, quase 3 bilhões de anos mais antigas do que o Sol A Terra já tem uma certa idade. Mas, para os padrões cósmicos, ela definitivamente está longe de ser uma anciã. O material planetário nativo mais antigo que podemos examinar consiste em pequenos cristais de zircão que se formaram aqui há cerca de 4,4 bilhões de anos atrás. Mas o Universo existe há aproximadamente 13,8 bilhões de anos, e vem construindo estrelas e forjando elementos pesados ​​desde que tinha 200 milhões de anos de idade. Isso significa que a matéria rica em elementos polui o espaço interestelar há muito, muito tempo. Parte dessa matéria, especialmente aquela oriunda de estrelas mais antigas e de supernovas, condensou-se e na forma de grãos microscópicos de compostos de silicato e carbono. Com opassar do tempo, esses grãos de poeira estelar podem vir a ser atraídos pelo empuxo gravitacional exercido por estrelas e planetas que estão em formação. Mas a intensidad

Possível supernova na galáxia empolga, mas tudo indica que Betelgeuse ainda não explodiu

Localizada na constelação de Orion, a 700 anos-luz da Terra, estrela Betelgeuse é uma supergigante vermelha, com massa 12 vezes maior que a do Sol e idade aproximada de 8 milhões de anos; cientistas calculam que estrela chegará ao fim de seu ciclo de vida em 100 mil anos, com uma explosão que dará origem a uma supernova – Imagem: Wikimedia Commons Perda anormal de brilho da estrela não foi confirmada por novas observações e não foram detectados outros sinais de possível explosão, como emissões de raios gama Por Júlio Bernardes Quando uma estrela chega ao fim da vida ela começa a dar sinais de que vai morrer, que são observados e analisados pelos astrônomos, tentando entender o que está acontecendo. No caso da estrela Betelgeuse, na constelação de Orion, uma supergigante vermelha localizada a cerca de 700 anos-luz da Terra, a variação abrupta de brilho é um indício de que ela terminará seu ciclo de vida, estimado em 8 milhões de anos, com uma explosão, transformando-se em uma s