
Uma onda de choque fotografada através da água (Imagem: Reprodução/Caltech)
Por Natalie Rosa
Lihong Wang, professor do Caltech, uma das universidades de tecnologia mais importantes da atualidade, desenvolveu há cerca de um ano a câmera mais rápida do mundo. Ela é capaz de capturar 10 trilhões de quadros por segundo, sendo tão veloz que pode capturar a velocidade da luz em câmera lenta. Mas, na tentativa de criar algo ainda mais poderoso, Wang descobriu que o seu projeto não poderia tirar fotos do que não se pode ver, mas logo tratou de resolver isso.
O cientista criou, então, uma nova câmera que pode capturar até cerca de um trilhão de quadros por segundo de objetos transparentes, chamada pCUP (phase-sensitive compressed ultrafast photography). A tecnologia usada por Wang na câmera é a de fotografia ultrarrápida compacta sensível à fase, que dá nome à invenção, capaz de capturar imagens de objetos transparentes, além de ondas de choque e, possivelmente, até mesmo de sinais que navegam entre os neurônios.

Um pulso de laser viajando através de um cristal (Imagem: Reprodução/Caltech)
De acordo com Wang, o projeto combina a fotografia de alta velocidade desenvolvida por ele anteriormente com uma tecnologia bem mais antiga chamada microscopia de contraste de fase, criada para capturar, com qualidade, objetos transparentes, como células. Essa tecnologia foi inventada há aproximadamente 100 anos pelo físico alemão Frits Zernike, que agora foi adaptada para a atualidade permitindo a captura desses materiais invisíveis aos olhos.
Basicamente, a nova câmera criada por Wang tira uma única foto, em vez de várias em sucessão, capturando todo o movimento que aconteceu até que a captura seja finalizada. O artigo publicado pelo cientista e sua equipe mostra que a tecnologia foi testada usando o movimento de uma onda de choque na água e de um pulso de laser que viajou através de um pedaço de material cristalino.
FONTE: Phys.org via canaltech.com.br
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