FRAGMENTOS DA EXPLOSÃO NO LABORATÓRIO JAPONÊS TAKEYAMA LAB (FOTO: SHOJIRO TAKEYAMA)
Teste criou o campo magnético mais forte e poderoso já gerado na Terra
Um eltroímã explodiu dentro de um centro de pesquisas científicas em Tóquio, no Japão, destruindo portas e outros objetos do laboratório. De acordo com relatório publicado na revista Review of Scientific Instruments, a explosão criou um dos campos magnéticos mais intensos já gerados na Terra, com força de 1,2 mil teslas (unidade de medida que calcula a densidade de um fluxo magnético).
Para ter ideia da intensidade do experimento: em 2004, cientistas anunciaram o desenvolvimento do "ímã mais poderoso do mundo", com 45 teslas — um índice quase 27 vezes menor do que gerado durante a explosão do laboratório japonês.
Shojiro Takeyama, físico da Universidade de Tóquio, e seus colegas bombearam alta quantidade de energia em uma bobina eletromagnética pequena. Ao entrar em colapso, o campo magnético no interior da bobina é espremido em um espaço cada vez mais apertado, até que sua força é capaz de atingir um pico enorme de intensidade do fluxo magnético.
O teste de 1,2 mil teslas exigiu 3,2 megajoules de energia. Takeyama declarou ao site Live Science que acredita que o dispositivo pode chegar a 1,8 mil teslas, caso sejam aplicados 5 megajoules. Os pesquisadores só não fizeram isso ainda devido a preocupações de segurança. "A geração de campo magnético mais semelhante é por explosivos químicos", comentou.
De acordo com o cientista, o objetivo de construir um imã com mais de 1 mil teslas é estudar propriedades físicas ocultas de elétrons que são invisíveis em circunstâncias normais. Ele e sua equipe pretendem colocar diferentes materiais dentro de seu imã para analisar como os elétrons se comportam.
Takeyama não sabe exatamente o que acontece com os elétrons em situações extremas, mas acredita que estudá-los antes da autodestruição da bobina deve revelar propriedades de elétrons desconhecidos à ciência.
FONTE: REVISTA GALILEU
Comentários
Postar um comentário