VIAGEM DE IDA E VOLTA PARA MARTE POSSUI RADIAÇÃO MAIS ALTA DO QUE O RECOMENDADO (FOTO: FLICKR/NASA ON THE COMMONS/CREATIVE COMMONS)
Viagem até o planeta pode ser perigosa pois ultrapasse os limites máximos recomendados de exposição à radiação
Novos dados de uma pesquisa apontam que a radiação que astronautas vão experimentar ao viajar para Marte será extremamente alta. "As doses de radiação acumuladas no espaço seriam centenas de vezes maiores que as absorvidas pelos humanos no mesmo período de tempo na Terra, e muito maior do que a quantidade sentida pelos profissionais que estão trabalhando na Estação Espacial Internacional", disse em comunicado Jordanka Semkova, física da Academia de Ciências da Bulgária e chefe do estudo.
De acordo com o portal Live Science, a radiação cósmica é composta de partículas minúsculas que se movem rapidamente, quase na velocidade da luz – fenômeno que o corpo humano não está preparado para suportar. A radiação viaja por todo o espaço, mas a atmosfera da Terra protege as pessoas de seus impactos. Isso significa que quanto mais longe da superfície terrestre alguém for, mais radiação cósmica o corpo irá absorver.
Os resultados da análise foram feitos com base em informações da sonda ExoMars Trace Gas Orbiter (TGO), projeto de colaboração entre a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Federal Russa (Roscosmos). Desde 2016 a espaçonave circula o Planeta Vermelho, coletando medições com um dosímetro de radiação ionizante.
Segundo a pesquisa, as medições mostram que ir e vir de Marte expõe os astronautas a pelo menos 60% da atual exposição máxima recomendada – que varia de acordo com o gênero de idade da pessoa. Para uma mulher de 25 anos, a taxa é de 1 sievert (unidade do impacto da radiação). Já um homem de 55 anos pode receber 4 sieverts.
Os pesquisadores consideram 60% um número muito preocupante só para o trajeto de ida e volta, visto que as missões para o planeta também consideram desembarcar os astronautas na superfície marciana (que pode conter muito mais radiação).
FONTE: REVISTA GALILEU
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