ARQUEÓLOGOS TRABALHAM NO CEMITÉRIO LOCALIZADO NA VILA DE LISHT (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Necrópole abriga mais de 800 tumbas, que foram desenterradas pelos pesquisadores
Coberto pela areia do deserto durante os últimos séculos, um antigo cemitério do Antigo Egito foi estudado por arqueológos na vila de Lisht, que fica ao sul da capital Cairo. O local, com idade estimada de mais de 4 mil anos, abriga centenas de tumbas depositadas em escavações feitas nas rochas. De acordo com os pesquisadores da universidade norte-americana de Alabama-Birmingham e do Ministério de Antiguidades do Egito, 802 túmulos foram desenterrados da necrópole pelos especialistas.
A região do cemitério está situada próxima à pirâmide de Sesóstris I, que governou o Egito de 1971 a.C a 1926 a.C. De acordo com os arqueólogos, os túmulos encontrados foram esculpidos na rocha e estavam situados em um corredor decorado com diferentes hieróglifos e inscrições. Há ainda uma parte da necrópole localizada em um pátio aberto que precisa ser restaurada e possui diferentes entradas que levariam a novas salas.
DETALHES DO CEMITÉRIO ENCONTRADO NO EGITO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Apesar de ter sido saqueado ao longo dos últimos milênios, o local preserva informações que auxiliarão os arqueólogos a conhecerem de maneira mais aprofundada o período "clássico" do Egito Antigo: há 4 mil anos, essa sociedade já produzia obras de arte, textos literários e consolidava alguns conhecimentos relacionados à ciência.
De acordo com o Ministério de Antiguidades, o esforço para restaurar sítios históricos como esse fazem parte de um projeto para preservar as relíquias históricas que tiveram o risco de desaparecer após os distúrbios políticos que marcaram o Egito de 2009 a 2013. Para monitorar as áreas e encontrar novos registros arqueológicos, os pesquisadores utilizam imagens de satélite e armazenam informações em um banco de dados.
DETALHE DE INSCRIÇÃO ESCAVADO NA ROCHA NO CEMITÉRIO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Os pesquisadores realizaram um mapeamento e uma projeção digital em 3D para analisar as dimensões do cemitério e planejar os próximos passos da investigação. Em comunicado, os responsáveis pelo estudo afirmaram que pretendem recolher novos registros para tentar descobrir informações sobre quem seriam as pessoas que estavam nos túmulos e os responsáveis pela construção da necrópole.
UM DOS TÚMULOS QUE FOI ESCAVADO NA ROCHA (FOTO: DIVULGAÇÃO)
FONTE: REVISTA GALILEU
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