RECIPIENTES ENTERRADOS EM CEMITÉRIO ANTIGO DA TURQUIA (FOTO: DAILY SABAH)
Pesquisadores acreditam que o produto era usado para tratar secura ocular ou condição parecida com conjuntivite
O esqueleto de um soldado de aproximadamente 2,2 mil anos foi enterrado com os que os arqueólogos acreditam ser um antigo frasco de “creme para os olhos”. A descoberta aconteceu durante a escavação de um cemitério da antiga cidade de Ezani, onde hoje fica perto deKutahya, na Turquia.
Elif Özer de Pamukkale, chefe da pesquisa, e sua equipe apontaram que os restos humanos das sepulturas foram cremados antes do ritual de enterro, durante o qual os túmulos foram carregados com mercadorias para uma possível "vida após a morte". Aparentemente, o soldado (ou seus parentes vivos) priorizava a saúde de seus olhos. Isso porque entre os vários objetos dentro de sua tumba, foi identificado um recipiente usado para esse tipo de produto.
Segundo os especialistas, a substância deve ter sido usada para tratar a secura ocular que, nos séculos seguintes, os médicos determinaram que é resultado de uma deficiência de vitamina A. O tratamento não é tão simples, e não basta melhorar a dieta com o consumo de carnes, folhas verdes, amarelas ou laranjas.
Mas os antigos habitantes de Ezani podem ter encontrado uma solução muito antes do que imaginávamos: o creme provavelmente continha uma planta do gênero Lycium, um grupo que inclui bagas de goji berry, ricas fontes de vitamina A.
PODE ONDE FOI ENCONTRADO O CREME DE OLHOS ANTIGO (FOTO: DAILY SABAH)
Os arqueólogos sustentam que o recipiente pode conter creme de goji pois frascos semelhantes já foram encontrados em outras ruínas antigas da época no Mediterrâneo, bem como na Índia.
No entanto, outros especialistas acreditam que os cremes com Lycium provavelmente eram mais úteis para a inflamação da pele ao redor do olho (condição semelhante à conjuntivite), em vez do próprio olho.
Independente do motivo do uso, o pote de creme é uma descoberta significante para a arqueologia. Agora o objeto está em exibição no Museu de Arqueologia de Kutahya, na Turquia.
FONTE: REVISTA GALILEU
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