CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DA SONDA DAWN (FOTO: NASA)
Depois de 11 anos explorando o Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter, a sonda está prestes a ficar sem combustível
Depois da provável morte da Opportunity, que explora Marte e não envia notícias à Terra há meses, chegou a hora de dar adeus a Dawn, sonda que está há 11 anos enviando informações diretamente do Cinturão de Asteroides.
Segundo o time que acompanha a missão, ela deverá ficar sem seu principal combustível, a hidrazina, em algum momento no fim de 2018. Quando isso acontecer, perderá sua capacidade de se comunicar com a Terra e permanecerá orbitando Ceres, um planeta anão, por décadas. Relembre a vida e trajetória da sonda:
Ela viajou por muito tempo
A sonda partiu do Cabo Canaveral, na Flórida, em setembro de 2007, para estudar dois dos três protoplanetas (matéria cósmica que pode se transformar em um planeta) conhecidos no Cinturão de Asteroides localizado entre Marte e Júpiter, Vesta e Ceres.
CRATERAS DE VESTA REGISTRADAS PELA DAWN EM 2013 (FOTO: NASA)
O objetivo era identificar e caracterizar as condições do processo de formação do Sistema Solar, visto que esses são os maiores protoplanetas que permaneceram intactos desde o surgimento do sistema. Ela chegou ao primeiro em 2011.
E foi pioneira em vários sentidos
A Dawn foi a primeira sonda espacial a orbitar objetos fora do sistema Terra-Lua, a primeira a visitar protoplanetas e a chegar em um planeta anão (Ceres é considerado um planeta anão, assim como Plutão).
Ela sobreviveu por mais do que o previsto
A missão estava prevista para durar nove anos, mas foi tão bem que a NASA chegou a considerar levá-la a um terceiro protoplaneta. Em 2017, a agência espacial anunciou que a missão seria estendida até acabar o combustível da nave.
ILUSTRAÇÃO REPRESENTANDO A SONDA DAWN SAINDO DA ÓRBITA DA TERRA (FOTO: NASA)
Tecnologia de ponta
Avaliada em US$ 467, a missão é equipada com tecnologia de ponta para enviar imagens e informações sobre o espaço. Feita de alumínio de grafite, pesa cerca de 750 quilos e tem um sistema de propulsão muito eficiente. Embora seu motor não seja potente (levaria quatro dias para alcançar a velocidade de 100 km/h), ela consegue superar a velocidade por estimular seus motores de forma constante.
Muitas descobertas
A sonda passou 14 meses orbitando Vesta e está há três anos orbitando Ceres. Além de fornecer as primeiras fotos de Vesta, Dawn também informou que o protoplaneta provavelmente é um dos últimos corpos celestes que formaram o Sistema Solar. Também confirmou que é a fonte de uma família comum de meteoritos. Já em Ceres, os cientistas conseguiram identificar a química de um oceano antigo. E há sinais de que talvez ainda exista líquido embaixo da superfície, com regiões que foram ativas geologicamente até recentemente, graças a reservatórios profundos.
CRATERA DE CERES EM IMAGEM REGISTRADA PELA SONDA DAWN (FOTO: NASA)
FONTE: REVISTA GALILEU
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