OS REGISTROS DE SÍMBOLOS PICTOS FORAM ENCONTRADOS EM UM SÍTIO ARQUEOLÓGICO DE DUNNICAER (FOTO: REPRODUÇÃO GORDON NOBLE ET AL., ANTIQUITY 10.15184 (2018) / RODERICK RICHMOND FOR ORKNEY, ARTS, MUSEUMS & HERITAGE)
Estudo surpreende cientistas ao mostrar que os símbolos criados pelo povo celta são 200 anos mais antigos do que eles imaginavam
Conhecidos como Pictos, a federação de um povo celta que vivia na Escócia durante a época medieval desenvolveu a sua própria língua escrita há 1,7 mil anos atrás, de acordo com os resultados das últimas escavações publicados no periódico Antiquity.
Liderado pela Universidade de Abardeen, na Escócia, o estudo parece ter a resposta para os misteriosos símbolos do povo celta, que há mais de um século divide opiniões de especialistas.
Os arqueólogos da universidade trabalharam em parceria com o Museu Nacional da Escócia e com especialistas do centro de pesquisa ambiental escocês, o Scottish Universities Environmental Research Centre, para que fosse possível obter um esquema de datação mais preciso.
Para isso, foram analisados os artefatos com símbolos pictos encontrados no sítio arqueológico de Dunnicaer. Como a maior parte desses registros foram feitos em pedras, era impossível utilizar os métodos de datação tradicionais, pois eles necessitam de uma certa deterioração do material para poderem precisar a data de sua origem.
Os pesquisadores utilizaram então o método de datação por radiocarbono que estima a idade dos fósseis avaliando a quantidade de carbono-14 em comparação aos átomo em C12. De acordo com o estudo, os símbolos pictos encontrados são de 9 d.C, sob influência romana — isso significa que os registros são 200 anos mais velhos do que os cientistas imaginavam.
Os autores da pesquisa defendem ainda que, ao contrário do que muitos podem pensar, os pictos não adotaram o alfabeto romano, mas se inspiraram na ideia de utilizar símbolos para representar nomes e lugares significativos.
FONTE: REVISTA GALILEU
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