
GRANDE PIRÂMIDE DE GIZÉ, NO EGITO (FOTO: PIXABAY/ PUBLICDOMAINPICTURES/ CREATIVE COMMONS)
Estudo afirma que a interação da estrutura com ondas de rádio ressonantes pode ajudar a criar uma nova nanotecnologia
Pesquisadores analisaram a física da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito, e descobriram algo peculiar: o formato da estrutura é ideal para concentrar certas ondas eletromagnéticas. Essa abordagem teórica provavelmente não fornecerá informações sobre a tumba egípcia, mas pode levar à criação de uma nova nanotecnologia.
O estudo, publicado no periódico Journal of Applied Physics, analisou como a forma da pirâmide interage com ondas de rádio ressonantes. A ressonância é um fenômeno físico importante, no qual pequenas oscilações de onda acabam levando todo um sistema a oscilar com maior amplitude. Pelo tamanho e a forma da pirâmide, espera-se que as ondas de rádio ressonantes tenham entre 200 e 600 metros de comprimento.
Isso é aproximadamente a variação de comprimento de onda usada para comunicação sem fio de alta velocidade. Essa pesquisa é sobre um cálculo teórico e não deve ser tomada como uma explicação para algum mistério sobre a pirâmide.
Para a análise, os especialistas construíram dois modelos de pirâmide. No primeiro, ela foi embutida em um espaço uniforme com propriedades específicas. Nesta condição, as ondas eletromagnéticas foram concentradas na região central da pirâmide. Isso equivale aproximadamente à localização das câmaras internas, encontradas no centro da estrutura egípcia.
Já o outro modelo foi um pouco mais realista: a pirâmide ficou localizada no topo de um plano feito do mesmo material. Ondas de ressonância, nesse caso, dispersariam e focariam as ondas abaixo da base da pirâmide. “As pirâmides egípcias sempre atraíram grande atenção. Nós, como cientistas, também estávamos interessados nelas, então decidimos olhar para a Grande Pirâmide de Gizé como uma partícula que dissipava as ondas de rádio de maneira ressonante”, disse em comunicado Andrey Evlyukhino, autor do estudo.
“Devido à falta de informação sobre as propriedades físicas da pirâmide, tivemos que usar algumas suposições. Por exemplo, assumimos que não há cavidades desconhecidas no interior, e o material de construção com as propriedades de um calcário comum é distribuído uniformemente dentro e fora da pirâmide", ele acrescentou. "Com essas suposições, obtivemos resultados interessantes que podem encontrar importantes aplicações práticas."
A equipe planeja explorar essas propriedades de objetos em forma de pirâmide em nanoestruturas. Eles esperam usar essa habilidade de foco em sensores e células solares, usando materiais mais adequados para essas funções do que o calcário usado para construir a Grande Pirâmide de Gizé.
FONTE: REVISTA GALILEU
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