Netuno, em foto obtida em 1989 pela nave Voyager 2
Utilizando o telescópio espacial Kepler foram observados seus padrões de nuvens e a passagem de seus satélites para determinar como analisar essas características em exoplanetas
Netuno, com 49.500 km de diâmetro, é o quarto maior planeta de nosso Sistema Solar e o menor de seus gigantes gasosos. Foi visitado uma só vez por um emissário terrestre, no caso a nave Voyager 2 da NASA, que chegou ao ponto de máxima aproximação com esse mundo em 25 de agosto de 1989. Foram caracterizados sua atmosfera, satélites e anéis, e esse distante mundo segue sendo estudado por instrumentos baseados em terra e no espaço. O mais recente estudo envolveu o telescópio espacial Kepler, também da NASA.
Lançado em 07 de março de 2009, o Kepler descobriu milhares de exoplanetas, boa parte deles já confirmados. Após um problema com seus giroscópios de estabilização, o telescópio entrou em sua missão K2 em novembro de 2013, já tendo encontrado outras centenas de planetas extrassolares candidatos. E, de novembro de 2014 a janeiro de 2015, o Kepler foi utilizado para observar Netuno, a fim de obter dados que auxiliem a determinar quais exoplanetas podem ser habitáveis.
O Kepler acompanhou a rotação diária de Netuno, o movimento das nuvens de sua atmosfera e as órbitas de duas de suas luas. A experiência serviu como um ensaio sobre como realizar observações similares em exoplanetas distantes, analisando seus padrões climáticos e ambientes. O Kepler foi capaz de observar a curva de luz refletida por Netuno, caracterizando seus padrões de nuvens. As informações serão de grande auxílio para novos estudos em anãs marrons e exoplanetas, permitindo a determinação de seus padrões atmosféricos por meio da curva de luz. Da mesma forma, o desenvolvimento dessas técnicas permitirão determinar a composição atmosférica de mundos distantes, possibilitando buscar os gases e elementos químicos que são as assinaturas da presença de seres vivos. O artigo descrevendo essas observações foi publicado no The Astronomical Journal.
http://iopscience.iop.org/article/10.3847/0004-637X/817/2/162/meta
FONTE: REVISTA UFO
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