Ilustração da sonda New Horizons realizando um "flyby" pelo seu próximo alvo - 2014 MU69, um objeto da Cintura de Kuiper que orbita a 1,6 bilhões de quilómetros para lá de Plutão - no dia 1 de janeiro de 2019.
Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI/Steve Gribben
A sonda New Horizons da NASA completou uma curta manobra de propulsão na quarta-feira para refinar o seu rumo em direção a um "flyby" pelo astro 2014 MU69 no dia de Ano Novo de 2019, um KBO (Kuiper Belt object, em português objeto da Cintura de Kuiper) a cerca de 6,4 bilhões de quilômetros da Terra.
A telemetria da confirmação bem-sucedida da queima do motor foi recebida pelo centro de operações da New Horizons no Laboratório de Física Aplicada (APL) da Universidade Johns Hopkins em Laurel, no estado norte-americano de Maryland, por meio das estações DSN (Deep Space Network) da NASA em Goldstone, Califórnia e Camberra, Austrália. Os sinais de rádio que transportavam os dados viajaram mais de 5,6 bilhões de quilômetros e demoraram, à velocidade da luz, mais de cinco horas para chegar à Terra.
Operando por comandos cronometrados, armazenados no seu computador, a New Horizons disparou os seus propulsores por apenas 44 segundos, ajustando a sua velocidade em cerca de 44 centímetros por segundo. Foi a primeira manobra de trajetória desde que a equipa realizou um conjunto de quatro manobras no outono de 2015 que colocaram a nave no percurso para o encontro com MU69 no dia 1 de janeiro de 2019.
"44 centímetros por segundo pode não parecer muito," afirma Alan Stern, investigador principal da missão, do SwRI (Southwest Research Institute) em Boulder Colorado, "mas ao longo dos próximos 23 meses, à medida que nos aproximamos de MU69, essa manobra totalizará uma distância refinada de 10.000 quilômetros."
Yanping Guo, líder do desenho da missão New Horizons, do APL, realçou que os ajustes foram feitos tendo em conta o que a equipa aprendeu desde 2015 com as novas medições pelo Telescópio Espacial Hubble da órbita de MU69, bem como da própria posição da nave.
Após a queima, a sonda fez a transição do chamado "modo estabilizado de três eixos," o modo de operação que permitiu à New Horizons fazer novas observações telescópicas de seis KBOs na semana passada. Estas observações científicas irã revelar novas informações sobre as formas, propriedades de superfície e sistemas de satélites desses objetos, de formas que não podem ser feitas a partir da Terra. As imagens desses estudos serão transmitidas para a Terra nas próximas semanas.
A linha vermelha marca o percurso da New Horizons até ao seu próximo voo rasante, um objeto da Cintura de Kuiper chamado 2014 MU69. O ponto verde marca a posição aproximada, atual, da nave.
Crédito: NASA/JHUAPL/SwRI
FONTE: http://www.ccvalg.pt/
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