SUPERFÍCIE DA LUA (FOTO: OLDAKQUILL/ WIKIMEDIA COMMONS)
A entidade For All Moonkind quer preservar locais que consideram um "patrimônio da humanidade" no espaço
Por Marília Marasciulo
Desde 1972, a Convenção do Patrimônio Mundial estabelece os sítios históricos que são considerados “de inigualável e fundamental importância para a humanidade”. Esses monumentos, construções e mesmo regiões são avaliados e definidos pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e Cultura (Unesco), que trabalha para protegê-los e preservá-los. Mas o que será que acontece com os sítios no espaço?
Uma organização sem fins lucrativos com sede nos Estados Unidos e atuação no mundo todo, a For All Moonkind, defende que os lugares explorados por astronautas na Lua merecem o mesmo reconhecimento e proteção que os patrimônios terrestres.
“Os artefatos e marcas de botas na Lua não sofreram nenhuma interferência por seis décadas, preservados pelo vácuo do espaço e pelo fato de que nenhum humano, somente algumas sondas, voltaram à Lua desde 1972”, escreve a organização.
Isso está prestes a mudar e em breve mais gente vai chegar por lua: a China pousou no lado oculto da Lua no início de 2019 a primeira missão privada quase alcançou o satélite natural. E não para por aí: de acordo com a Administração Espacial Nacional da China (CSNA), o país pretende construir uma base lunar em até dez anos. O anúncio foi feito pelo diretor da instituição, Zhang Kejian, que afirma que o intuito é executar pesquisas científicas no satélite.
A equipe de voluntários da For All Moonkind quer criar um modelo de proteção para os 80 sítios arqueológicos na Lua parecido com a convenção da Unesco. No ano passado, as Nações Unidas deram à organização o status de Observador Permanente no Comitê de Usos Pacíficos do Espaço. Resta saber se os países acatarão a ideia de explorar o nosso satélite sem causar muita bagunça.
FONTE: REVISTA GALILEU
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