TEXTO DANIFICADO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Pesquisadores utilizaram técnica inovadora que permitiu entender o conteúdo do documento
Pesquisadores a Universidade Cardiff, no Reino Unido, utilizaram uma técnica que envolve tomografia computadorizada para revelar o conteúdo de um documento de 500 anos que estava completamente danificado— o pergaminho estava parcialmente carbonizado e não era possível descolar as páginas sem destruí-las.
Utilizando um recurso que é conhecido na Medicina, os pesquisadores expuseram o documento à emissão de feixes de raios-X em um tubo, criando diferentes graus de contraste em uma imagem. A partir de milhares de linhas criadas com a varredura, as informações foram processadas por um computador equipado com algoritmos complexos capazes de destacar o conteúdo do pergaminho que estava escrito à tinta.
De acordo com os cientistas da Universidade Cardiff, o pergaminho possuía quatro folhas e diferentes camadas sobrepostas, o que aumentou a dificuldade para que os algoritmos conseguissem converter as informações dos raios-X em uma mensagem inteligível. Graças às novas técnicas que conseguem aperfeiçoar o processamento de dados, entretanto, foi possível entender a mensagem do documento.
MODELO COMPUTADORIZADO COM A MENSAGEM DO PERGAMINHO (FOTO: DIVULGAÇÃO)
É verdade que o pergaminho de 500 anos não possuía nenhum conteúdo muito revelador: tratava-se de um documento de um tribunal local que descrevia as atividades de uma região que atualmente compreende o condado de Norwich, no Reino Unido. É possível ler a respeito de acordos sobre a administração de terras e pagamentos de multas, por exemplo.
O mais importante para os cientistas, contudo, foi verificar a eficiência da técnica de tomografia computadorizada e sua possível aplicação em documentos de diferentes épocas da História. Será possível, por exemplo, compreender o conteúdo de livros e pergaminhos que atualmente não podem ser analisados por conta de seu estado de conservação. Não resta dúvidas que, nesses documentos, haverá conteúdo relevante e de grande utilidade para os historiadores.
FONTE: REVISTA GALILEU
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