O biochip cardíaco permite medições em larga escala e por longos períodos, a fim de validar fármacos e evitar testes em animais. [Imagem: Ryan Chen/LLNL]
Os "órgãos dentro de um chip" ainda estão longe de serem órgãos completos, mas estão melhorando rapidamente.
Uma equipe do Laboratório Nacional Lawrence Livermore, nos EUA, apresentou sua mais recente versão de um "chip cardíaco" - ou um coração dentro de um chip.
É a primeira vez que se consegue medir simultaneamente duas funções cardíacas - a taxa de batimentos e a eletrofisiologia - de células cardíacas humanas cultivadas em um ambiente projetado para fazer isso de forma contínua e precisa.
O ambiente é um biochip dotado de microeletrodos biocompatíveis, que estabelecem uma interface com as células que crescem e se comunicam em cima deles. As células cardíacas começam a bater após dois dias em cultura e funcionam de forma consistente durante até nove dias.
Os pesquisadores afirmam que a capacidade de registrar essas duas funções será útil para as pesquisas de novos medicamentos ao identificar problemas cardíacos causados por um novo fármaco no início do processo, antes de grandes investimentos em ensaios clínicos. A cardiotoxicidade é um efeito secundário frequente de muitos medicamentos - os agentes de quimioterapia são conhecidos por serem cardiotóxicos.
"Ainda precisamos de mais dados e de validação, mas futuramente [o biochip cardíaco] poderá nos ajudar a reduzir a necessidade de testes em animais," acrescentou a professora Elizabeth Wheeler.
FONTE: SITE INOVAÇÃO TECNOLOGICA
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