FÓSSEIS FORAM FOTOGRAFADOS DIGITALMENTE COM A AJUDA DE MICROSCÓPIOS (FOTO: LORON ET AL., NATURE, 2019)
Restos de microrganismos mais antigos conhecidos até então tinham 450 milhões de anos
Cientistas descobriram os restos dos fungos mais antigos já encontrados no Ártico, em território canadense. Testes feitos determinaram que os fósseis têm entre 900 milhões e 1 bilhão de anos de idade.
Os minúsculos organismos foram descobertos em xisto de águas rasas, uma espécie de rocha sedimentar de grãos finos, em uma região ao sul da ilha Victoria, na borda do Oceano Ártico. A idade da rocha torna o fungo meio bilhão de anos mais velho que o recordista anterior, um fungo de 450 milhões de anos que foi descoberto em Wisconsin, nos Estados Unidos.
Em estudo publicado sobre a descoberta, cientistas descrevem como uma série de análises químicas e estruturais ajudou na identificação da espécie (Ourasphaira giraldae). Os esporos do fungo têm menos de um décimo de milímetro de comprimento e se conectam uns aos outros por filamentos ramificados.
De acordo com o relatório, o fungo ficou preso na lama solidificada, fato que impediu a entrada de oxigênio e a decomposição: "A preservação é tão boa que ainda temos os compostos orgânicos", disse Corentin Loron, autora do estudo, ao The Guardian.
Os pesquisadores estão confiantes de que outros seres vivos mais desenvolvidos poderão ser encontrados na região: "À medida que os estudos multidisciplinares das coleções fósseis proterozóicas progridem, prevemos que mais fungos fósseis e outros eucariotos iniciais serão descobertos e [isso] melhorará nossa compreensão da evolução da biosfera inicial", escreveram no artigo.
FONTE: BBC BRASIL
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