Ilustração mostra como deve se parecer a Ultima Thule — Foto: Nasa/JHAPL/SwRI
Expectativa é que a New Horizons tenha passado pela Ultima Thule durante a madrugada. Brian May, guitarrista do Queen, participou da transmissão de uma simulação e lançou música especialmente composta para o corpo celeste.
Após passar por Plutão em 2015, a sonda New Horizons, da Nasa, se aproximou na madrugada desta terça (1º) do objeto mais distante já explorado no espaço: a Ultima Thule, uma rocha coberta de gelo que tem 30 quilômetros de diâmetro e está a cerca de 6,5 bilhões de quilômetros da Terra, no cinturão de Kuiper – onde, acredita-se, estejam os corpos celestes remanescentes da formação do Sistema Solar. Teve até música inédita de Brian May, guitarrista do Queen, para comemorar o feito (leia mais abaixo).
A previsão era de que a New Horizons sobrevoasse o ponto mais próximo da Ultima Thule às 3h33 (de Brasília). No entanto, pela distância do objeto até a Terra, as informações ainda não chegaram à Nasa. A expectativa é de que os primeiros dados sejam recebidos ainda na manhã desta terça.
Hal Weaver, cientista da missão e pesquisador do Laboratório de Física Aplicada da Universidade Johns Hopkins, disse que o corpo celeste diminuto é "provavelmente o objeto mais primitivo já encontrado por uma espaçonave, a melhor relíquia possível do antigo Sistema Solar".
Réveillon, corpos celestes e 'Queen'
Durante a noite de réveillon, a equipe responsável pela New Horizons comemorou a possível passagem da sonda pelo corpo celeste. Nas redes sociais, houve transmissão de uma simulação do sobrevoo e fotos de celebração.
O guitarrista do Queen e astrofísico Brian May participou do evento e lançou uma música especialmente composta para a Ultima Thule.
“Esta missão é sobre a curiosidade humana. A necessidade da humanidade de explorar e ver o que faz o universo funcionar. Minha música é um hino para o esforço humano", escreveu Brian May, guitarrista do Queen e astrofísico, em sua conta no Instagram.
Por que explorar a Ultima Thule?
Após a sonda passar por Plutão, a equipe da Nasa queria "aproveitar a viagem" e explorar mais algum objeto que estivesse ao alcance da sonda New Horizons. A Ultima Thule foi o objeto celeste escolhido.
O objeto despertou interesse nos cientistas da Nasa porque está no cinturão de Kiuper, na "borda" do nosso Sistema Solar, onde se encontram os corpos celestes remanescentes do início da nossa formação. Este cinturão foi descoberto nos anos 1990.
Para os cientistas, explorar este objeto é como dar uma olhada de volta no tempo. Os cientistas querem saber como esses mundos longínquos surgiram. Uma teoria é que eles foram criados a partir da acumulação de massa de um grande número de grãos do tamanho de uma pedra.
Catalogado inicialmente como (486958) 2014 MU69, o corpo celeste recebeu o nome de Ultima Thule com base em uma consulta pública promovida pela Nasa. É um termo em latim que significa algo como "um lugar além do mundo conhecido".
Ultima Thule: concepção artística mostra o que, por enquanto, os cientistas podem apenas especular sobre a aparência do corpo celeste — Foto: NASA/JHU-APL/SWRI
FONTE: G1.COM
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