Por Wagner Wakka
A futurologia é uma tendência recente do início do século XXI. Contudo, desde sempre há quem pense sobre como serão as coisas no futuro. Na década de 1960, o quadrinista Artur Radebaugh imaginou como seriam os hospitais do futuro, mais precisamente no início do século XXI. E o mais interessante é que, no imaginário sessentista, os hospitais do futuro voam.
Infelizmente, não aconteceu ainda. A ideia foi lançada no quadrinho Closer Than You Think (Mais perto do que você imagina, em tradução literal). Antes de falarmos dos hospitais, vale perceber que Radebaugh “acertou” algumas previsões.
Entre 1958 e 1963, a publicação falou sobre várias tecnologias futuras. Entre elas, carteiras escolares high-tech, carros elétricos e serviço de correio com carteiros por jetpack. Tudo bem que, destas, somente o carro elétrico foi realmente certeiro. Entretanto, em algumas escolas já se usam tablets e mesas interativas para estudo e, bem, já se tem testes de entrega por drones em alguns locais dos Estados Unidos.
Em relação ao hospital do futuro, contudo, ele errou feio. No imaginário do quadrinista, ele se tornaria um prédio autônomo capaz de se locomover por inteiro atrás de um paciente. Por que não entregar logo um hospital se você chamou por uma ambulância, não é mesmo?
A proposta, em um contexto de pós-Segunda Guerra e Guerra Fria, era voltada para tratar feridos no campo de batalha. Na revista, ele escreveu: “Leves, hospitais pré-fabricados vão voar pelos frontes de guerra ou áreas devastadas pelo mundo do amanhã. Na verdade, o exército já tem e está planejando este projeto. Ele poderia ser transportado por um helicóptero abastecido com energia nuclear — um golias quase que do tamanho de um campo de futebol”.
Hospital seria utilizado para locais de guerra (Foto: Reprodução/Arthur Radebaugh)
Ainda, ele acreditava que tais hospitais poderiam ter plataformas como a de levantar carros em estacionamentos para permitir a entrada no prédio flutuante. Contudo, em seguida, ele mesmo acredita que a proposta pode ser mais simples.
“Alguns veículos voadores não iriam movimentar hospitais, mas poderiam funcionar de fato como hospitais flutuantes como um todo”, explica.
Claro, a ideia de carregar todo o hospital para pegar um paciente, movimentando todos os outros ao mesmo tempo, parece idiota agora. Mas esta é a beleza do imaginário futuro. Radebaugh não explicou em seus quadrinhos, por exemplo, como que cirurgias poderiam ser feitas em uma plataforma que não pararia de balançar.
Apesar das mudanças tecnológicas desde então, ainda não há um hospital que voa. Contudo, no último dia 18 de dezembro, uma bebezinha de apenas um mês chamada de Joy Nowai se tornou a primeira pessoa do mundo a tomar uma vacina entregue por um drone.
Isso aconteceu em Vanuatu, um país da Oceania que buscou a ajuda da Austrália para conseguir levar vacina à população que mora em ilhas de difícil acesso na região. A operação foi um sucesso, e eles conseguiram aplicar a vacina utilizando o mecanismo. Bom, atualmente, este talvez seja o passo mais próximo de um hospital que voa que possamos ter.
FONTE: canaltech.com.br
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