PEDRA DE ROSETA, EXPOSTA NO MUSEU BRITÂNICO (FOTO: WIKIMEDIA COMMONS)
O objeto foi crucial para a compreensão dos hieróglifos do Egito Antigo
Nenhuma pedra é tão famosa quanto a de Roseta. O fragmento de um bloco que pesa quase uma tonelada, mede 118 centímetros, tem 77 centímetros de largura e 30 de espessura, foi fundamental para a compreensão da história do Egito antigo.
É que o objeto, encontrado na cidade de Roseta, próxima a Alexandria, pelo exército de Napoleão em 1799, tem uma mensagem escrita em três línguas: hieróglifos, demótico e grego. Os primeiros eram uma combinação de elementos iconográficos, silábicos e alfabéticos, com mais de mil caracteres diferentes, usados na escrita forma egípcia. A segunda era a língua popular no Egito, usada no dia a dia. E a terceira era a língua administrativa.
O que diz o texto na pedra?
O texto é um decreto de 196 a.C., promulgado em nome do faraó Ptolomeu V na cidade de Mênfis. Ele foi elaborado por sacerdotes e declara que o faraó era um grande governante, seguidor dos deuses e que a mensagem deveria ser compartilhada entre os súditos. Uma humildade bem típica naqueles tempos.
Quem traduziu?
A pedra virou o trabalho da vida do linguista francês Jean-Fançois Champollin, que também era professor de história, o que facilitou a missão. Ele trabalhou na tradução de 1822 e 1824, comparando as três línguas para transcrever o decreto. Com isso, conseguiu uma espécie de “chave mestre” para traduzir muitos outros documentos encontrados. Além dele, o físico inglês Thomas Young ajudou no trabalho. Até então, os 3 mil anos de história egípcia eram contados na base do “achismo”, visto que ninguém entendia de fato o que todos aqueles hieróglifos nas paredes dos templos significavam.
Onde ela está hoje?
Por alguns anos na época da descoberta, os franceses ficaram com a pedra de Roseta. Entretanto, perderam a posse do Egito para os ingleses e, em 1801, ela foi transportada para o Museu Britânico, em Londres. Atualmente, é possível também visitá-la online: no ano passado, o museu passou a disponibilizar uma visão em 3D para explorar o artefato. É só clicar aqui.
FONTE: REVISTA GALILEU
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ResponderExcluirSó uma pequena correção: o sobrenome do linguista francês era Champollion, e não Champollin.
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