O BÓSON DE HIGGS COMO VOCÊ NUNCA VIU ANTES (FOTO: CERN | REPRODUÇÃO)
A observação pode ajudar os físicos a entenderem o funcionamento do Universo
A confirmação da existência do bóson de Higgs pelo Grande Colisor de Hádrons (LHC), em 2013, é uma das maiores descobertas da física da década. Ela preencheu a última peça que faltava do Modelo Padrão da física, que ajuda a explicar o comportamento de minúsculas partículas subatômicas, além de confirmar suposições dos cientistas de como o Universo funciona.
Mas, além de ter rendido o prêmio Nobel da Física para os dois teóricos da chamada “partícula de Deus”, a descoberta gerou muito mais dúvidas, afinal sabe-se pouco sobre como ele realmente funciona. Agora, cinco anos depois, algumas respostas começam a surgir.
Dois experimentos - o Compact Muon Solenoid (CMS) e o A Toroidal LHC Apparatus (ATLAS) - utilizaram o LHC para fazer diversas colisões de partículas. Algumas dessas criam o que os pesquisadores chamam de bóson de Higgs. Mas elas são muito difíceis de serem detectadas, já que em pouco tempo desaparecem.
No entanto, deixam um sinal muito fraco de sua presença. Foram precisos diversas dessas observações para que os pesquisadore tivessem dados suficientes para confirmar, pela segunda vez, a existência da misteriosa partícula.
Nessa observação, porém, ele não apareceu sozinho. Estava acompanhado de um quark top e um antitop, que são as partículas fundamentais mais pesadas conhecidas. Com isso, os pesquisadores podem entender melhor o que faz essas partículas terem a massa que têm.
Em comunicado, a Organização Européia para Pesquisa Nuclear (CERN), que opera o LHC, explicou que um dos mais significativos mistérios da física de partículas são as diferenças de massa entre os férmions, as partículas que compõem a matéria.
Um elétron, por exemplo, tem pouco menos de um milionésimo que a massa de um quark top. O bóson de Higgs, com seu papel em dar origem à massa no universo, poderia ser a chave para esse mistério. Eles perceberam que, ao desaparecer, o Higgs se une fortemente ao quark superior superpesado, sugerindo uma estreita afinidade entre as partículas.
“É uma forte indicação de que o bóson de Higgs tem um papel fundamental no grande valor da massa do quark top. Embora esta seja certamente uma característica chave do Modelo Padrão, esta é a primeira vez que foi verificada experimentalmente ", disse Karl Jakobs, porta-voz da colaboração ATLAS do LHC.
FONTE: REVISTA GALILEU
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