Cientistas descobrem possível planeta sem sol, do porte de Netuno, vagando pela Via Láctea.
POR SALVADOR NOGUEIRA
TRANCOS E BARRANCOS
O processo de formação planetária é tudo menos tranquilo. Incontáveis colisões num disco de gás e poeira que circunda a estrela nascente vão acabar, na base das forças gravitacional e bruta, configurando o sistema, que pode ou não terminar parecido com a família do Sol. Seja como for, nesse esquema, muitos objetos de todo tamanho devem ser ejetados para o espaço interestelar.
OS VISITANTES
Recentemente os astrônomos encontraram um pequeno viajante dessa categoria cruzando as nossas redondezas. O 1I/’Oumuamua, como foi chamado, veio, passou perto do Sol e agora já está de saída, de volta às estrelas. Mas e quanto a objetos de grande porte? Existe o risco de um planeta inteiro de repente entrar no Sistema Solar e bagunçar o nosso coreto?
SORRY, NIBIRUTAS
Bem, a chance de isso acontecer é baixíssima, por simples questão estatística: planetas errantes devem ser bem menos numerosos que meros pedregulhos espaciais. Ainda assim, a julgar pelo tamanho da galáxia, devem existir muitos deles, vagando pelo espaço interestelar.
NETUNO PERDIDO
Dando credibilidade a essa ideia, um grupo de cientistas acaba de anunciar, em artigo submetido ao “Astrophysical Journal”, a descoberta de um possível planeta errante, com massa similar à de Netuno, trafegando sossegadamente pela Via Láctea. O achado não deixa de ser um grande feito. Afinal, planetas solitários não têm brilho suficiente para que os vejamos ao telescópio.
COMO ENTÃO?
A descoberta em questão só foi possível graças ao fenômeno das lentes gravitacionais. É o fato de que corpos com massa curvam os raios de luz que passam perto deles, agindo como uma lente, só que feita de gravidade.
MICROLENTE
Os pesquisadores flagraram uma pequena variação na luz de uma estrela distante e, fazendo os cálculos, concluíram que se tratou de uma microlente gravitacional produzida por um objeto com porte planetário que passou entre nós e a estrela. Agora, eles querem estudar as redondezas e confirmar que se trata mesmo de um planeta sem sol.
FONTE: http://mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br
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