(FOTO: NASA/ESA/H. BOND (STSCI)/M. BARSTOW (UNIVERSIDADE DE LEICESTER)
Apesar de Alpha Centauri estar mais próxima, cientistas calculam que chegar a Sirius pode ser mais rápido
O astrofísico René Heller do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha, propôs que talvez seja mais rápido alcançar a estrela Sirius, a mais brilhante do céu noturno, do que Alpha Centauri, a mais próxima da Terra em anos-luz.
Para Heller, a resposta reside no meio de transporte. Segundo ele, se desenvolvida corretamente, de fato, uma nano-nave espacial chegaria mais rapidamente a Alpha Centauri, que está mais próxima — Sirius está a quase o dobro de distância, a aproximadamente 8,6 anos-luz.
Isso porque a nave viajaria com cerca de 20% da velocidade da luz e chegaria ao astro em 20 anos. Mas, por não ter tecnologia tão desenvolvida, a espaçonave só poderia sobrevoar brevemente a estrela, para então ir direto para o vazio. Esse é o problema enfrentado por personalidades como Stephen Hawking e Mark Zuckerberg, com o projeto Breakthrough Starshot.
Por isso, Heller e outros cientistas propuseram uma outra ideia: criar uma nave com uma espécie de vela solar, que seria movida pelos fótons solares. Quando chegasse ao destino, a vela seria desdobrada de forma que travasse a radiação solar e frearia a espaçonave perto da estrela. O problema é que a viagem duraria cerca de 140 anos.
Como Sirius brilha cerca de 16 vezes mais que a Alpha Centauri, os cálculos indicam que uma viagem para lá levaria apenas 69 anos. O estudo ainda não foi revisado. Além disso, o sucesso do projeto também depende de uma tecnologia mais refinada do que a que temos hoje. Apesar disso, o astrofísico de Harvard Avi Loeb, cientista chefe do projeto Breakthrough Starshot, classificou a ideia como "inovadora e interessante", à revista New Scientist.
A equipe de Heller está ciente das dificuldades, mas acredita que se for possível desenvolver uma vela muito grande e muito fina, o céu, definitivamente, não será o limite.
(Com informações de Science Alert.)
FONTE: REVISTA GALILEU
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