Pular para o conteúdo principal

Estudo com estrela similar ao Sol ajuda a explicar evolução da vida na Terra


Explosão solar registrada pelo Observatório de Dinâmica Solar (SDO) da Nasa em 2012. (Crédito: Nasa)

Salvador Nogueira
Um novo trabalho feito por uma dupla de astrônomas brasileiras a partir de dados colhidos pelo satélite Kepler ajuda a entender as agruras pelas quais a vida na Terra teve de passar para lidar com o mau humor do Sol, bilhões de anos atrás.

O estudo, feito por Raissa Estrela e Adriana Valio, da Universidade Presbiteriana Mackenzie, se concentrou na estrela Kepler-96, onde o telescópio espacial da Nasa descobriu um planeta do tipo superterra numa órbita curta de apenas 16 dias.

A estrela Kepler-96 é bastante parecida com o Sol — mesma massa, diâmetro quase igual –, mas significativamente mais jovem: ela tem 2,3 bilhões de anos, enquanto nosso Sistema Solar tem 4,6 bilhões de anos.

Hoje, o Sol é uma estrela relativamente quieta, produzindo apenas ocasionalmente grandes explosões solares. Mas, de forma geral, os astrônomos acreditam que essa calmaria venha com a idade. Com efeito, Kepler-96 é mais agitada que o Sol — e provavelmente representativa do que nossa estrela já foi no passado.

Vasculhando os dados do Kepler, as pesquisadoras perceberam que, em 3 das 84 ocasiões em que o satélite flagrou a passagem do planeta Kepler-96b à frente de sua estrela, o astro central também estava produzindo uma explosão estelar. A mais potente se revelou mais de 50 vezes mais intensa que a explosão solar mais potente já registrada: uma superexplosão.

Qual teria sido o efeito de um evento desses sobre a Terra do passado? Isso foi o que a dupla estudou a seguir, ao investigar o que aconteceria a um planeta como o nosso se ele estivesse na zona habitável da estrela Kepler-96.

Elas modelaram duas possíveis atmosferas — uma sem camada de ozônio, como a atmosfera terrestre primitiva, e outra já devidamente oxigenada pela vida, como é o caso da nossa hoje. Calcularam a quantidade de radiação ultravioleta nociva chegaria à superfície e compararam à capacidade de sobrevivência de dois micróbios bastante estudados pelos cientistas: E. coli e D. radiodurans.

E aí é o tal negócio: só ozônio salva. Ambos poderiam sobreviver tranquilões na superfície, se houvesse essa camada atmosférica protetora. Em compensação, sem ela, nem mesmo a dura na queda D. radiodurans aguentaria o tranco. A não ser, claro, que os micróbios estivessem debaixo d’água. Água é ainda melhor que atmosfera para barrar ultravioleta.

O trabalho mostrou que E. coli poderia sobreviver a uma superexplosão solar se estivesse a 28 metros de profundidade, e a D. radiodurans, a modestos 12 metros.

Os resultados, aceitos para publicação no periódico Astrobiology, ajudam a explicar porque durante tanto tempo a vida na Terra esteve limitada aos oceanos. Somente depois que bactérias descobriram a receita da fotossíntese e começaram a oxigenar a atmosfera, criando uma camada protetora de ozônio, outras formas de vida tiveram chance real de colonizar terra firme.

FONTE: mensageirosideral.blogfolha.uol.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Uma Nova Etapa!

Passados dez anos, Ufos Wilson trocou de nome e plataforma! Agora nos chamamos Banco de Dados Ufológicos e Científicos (BDUC). Nosso conteúdo segue o mesmo, levando informações sérias com foco principal na Ufologia Científica, porém divulgando e abrangendo todas as disciplinas científicas! A seguir o link do site, compartilhem e divulguem: https://bancodedadosufologicosecientificos.wordpress.com/

Arquivo Ovni: Caso Jardinópolis

Jardinópolis esta distante 335 km da capital paulista, localizada na região de Ribeirão Preto foi palco de um acontecimento insólito na noite de 27 de dezembro de 2008, onde um grupo de adolescentes na época teriam presenciado a descida de luzes vermelhas e azuis num terreno baldio próximo de onde estavam, um dos garotos tomou uma imagem com seu celular, porém de baixa resolução. A seguir trecho extraído do blog feito por membros dos familiares dos jovens, contendo relatos e frame do vídeo feito. Relato dos envolvidos: "Por Luciene [AVISTAMENTO DE MEU FILHO] Sábado 27/12/2008, meu filho de 15 anos chega assustado em casa aproximadamente umas 23:45. Meu filho faz parte de um grupo de jovens da igreja católica, e acabando a missa, ele e seus amigos foram para uma pracinha. Essa pracinha fica em um bairro novo. E próximo daquele lugar tem uns terrenos baldios cheios de mato. Eles estavam conversando quando avistaram de longe luzes vermelhas e azuis no céu e logo essa luz

O caso Roswell nordestino: Queda de UFO na Bahia, em Janeiro de 1995

Por Ufo Bahia: Nessa data, as 09:00 horas, uma in­formante do G-PAZ, "M" da TV BAHIA me ligou contando uma mirabolante his­tória de queda de um UFO em Feira deSantana(BA) a 112 Km de Salvador. Umfazendeiro de apelido Beto, tinha ligadopara TV SUBAÉ daquela cidade oferecen­do – em troca de dinheiro – um furo dereportagem; um disco voador tinha caído na sua fazenda e ele tinha provas e ima­gens do fato! Apenas depois do meio dia, conse­gui – por fim – falar com Beto, que apóssua proposta de negócio, ante minha (apa­rente) frieza, me contou com bastante de­talhes o acontecido. Soube que tambémtentara vender suas provas a TV BAHIA,onde procurou o repórter José Raimundo: "Ontem pela madrugada caiu algu­ma coisa na minha fazenda, dentro de umalagoa. Era do tamanho de um fusca; aqui­lo ficou boiando parcialmente submerso,perto da beirada. Tentei puxar como pude,trazendo para perto de mim, com uma vara.Aquilo parecia um parto... (quando seabriu uma porta) começou primeiro a s