
(FOTO: OBA/DIVULGAÇÃO) OS VENCEDORES DA OLIMPÍADA INTERNACIONAL DE 2015.
A equipe da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), que ocorreu em 13 de maio deste ano, não tem verba para pagar as medalhas que são entregues aos alunos ao final da competição.
A organização do evento – que envolve mais de 50 mil alunos de todo o país – custa cerca de R$ 1,2 milhão anuais. A maior parte do valor era fornecida pelo CNPq, órgão do governo federal de fomento da ciência, tecnologia e inovação. As olimpíadas são responsabilidade da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB), em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB), e são voltadas a alunos de ensino fundamental e médio de escolas públicas e particulares de todo o país.
As medalhas costumam ser encomendadas com antecedência pelo comitê organizador para garantir preços mais baixos na fábrica que cunha os prêmios. Neste ano, porém, o repasse, cortado pela metade, não permitirá que a OBA pague o pedido apenas com dinheiro público.
“Há só um patrocinador, que imprime nossos certificados há anos”, explicou João Batista Canalle, presidente da OBA, a GALILEU. “Tudo que eles podem nos fornecer é a gráfica. Nós fomos atrás de outros, falamos com a indústria, com colégios grandes, mas não tivemos sucesso.”
Após fazer todos os cortes possíveis no orçamento, o comitê calcula que ainda são necessários R$ 150 mil para pagar a dívida. Para cobrir o valor, eles criaram uma campanha de crowdfunding no Kickante. Para ajudar, acesse o site.
Esse é só o último capítulo da pior crise financeira que o comitê já encarou em 19 anos de evento. Hoje, não há verba para selecionar e treinar de maneira adequada a delegação brasileira que será enviada à Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA), evento anual em que os estudantes competem contra os alunos mais bem treinados do mundo. O custo das passagens é financiado por um rateio entre as famílias dos escolhidos e os colégios em que estudam.
“Já conseguimos, por exemplo, por meio de doações, comprar um planetário digital inflável”, conta Canalle. O equipamento é essencial para os alunos, que precisam ter o céu na ponta da língua. Em algumas provas, eles devem apontar o telescópio para uma determinada estrela e travá-lo na posição correta em até trinta segundos. A vitória ainda é pequena, porém, perto dos custos de todo o processo de seleção e preparação para as competições internacionais. Os melhores da OBA ainda precisam passar por três provas virtuais e quatro presenciais para ganharem uma vaga na IOAA ou na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica.
O alto valor final da cunhagem das medalhas se deve ao fato de que todos os participantes da OBA recebem, a título de incentivo, o prêmio simbólico. “Nós, profissionais de educação, queremos que todo aluno seja um campeão. Que ele progrida na sua vida acadêmica. Na educação, só o estímulo funciona”, afirma o professor.
FONTE: REVISTA GALILEU
UFOS WILSON: É lamentável que num país onde se gastam milhões ou bilhões, em uma olimpíada que não passou de um acordo sujo e sabe-se lá o que foi posto em troco, nosso nióbio já era...pertence aos gringos, num disparate de desvios de verbas e coisas a mais, que estes garotos e garotas não tenham verba que deve ser algo bilhões de vezes menor que os gastos deste verdadeiro atentando ao povo, que mais tarde certamente serão absorvidos por países que de fato apoiam a ciência. Lamentável e indignante!
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