
Sonda japonesa Akatsuki - Divulgação / Jaxa
A Jaxa, agência espacial japonesa, colocou sua sonda Akatsuki (“alvorecer”, em japonês) em órbita de Vênus. Lançado em maio de 2010, o engenho perdeu a janela que lhe proporcionaria um vetor para entrar na órbita do planeta mais próximo à Terra em razão de um defeito nos sistemas. Isso resultou em cinco anos de translações da sonda em torno do Sol até que nova oportunidade surgisse.
Segundo a “CNN”, após uma ignição de 20 minutos de seus propulsores, a Akatsuki está agora “em boa saúde” e em órbita venusiana, disse a Jaxa. A agência explicou que pelo fato de Vênus ter tamanho e distância solar similares aos da Terra “sua formação é considerada como semelhante à do nosso planeta”, o que permitirá aos pesquisadores aprender mais sobre o Sistema Solar e a formação dos planetas.
PLANETAS IRMÃOS
Terra e Vênus são tão parecidos que às vezes são chamados de “planetas irmãos”. As diferença marcante entre ambos é a atmosfera espessa de Vênus, composta por mais de 90% de CO₂. Com isso, o intenso efeito estufa do planeta faz com que sua superfície arda a 462°C — mais quente até do que Mercúrio, planeta mais próximo do Sol.
O plano inicial era que Akatsuki orbitasse vênus a distâncias entre 300km e 80.000km, mas com o contratempo inicial sua órbita chegará a até 500.000km, com a sonda completando um giro ao redor de Vênus a cada 14 a 15 dias.
NEW HORIZONS
A Nasa, por sua vez, está examinando objetos nas fronteiras mais remotas do Sistema Solar. Sua sonda New Horizons, que na semana passada enviou à Terra as mais detalhadas fotos de Plutão já obtidas, capturou imagens do 1994 JR1, um objeto no cinturão de Kuiper Belt com 150km de raio, a uma distância de 280.000.000km.
“Trata-se de um recorde, por um fator de 15 vezes, da mais aproximada foto de um pequeno corpo no cinturão, que é terceira zona do Sistema Solar, além da zona interna, que concentra os planetas rochosos, e a externa, dos gigantes de gás congelado”, disse a equipe da New Horizons.
O 1994 JR1 se encontrava a cerca de 5.300.000.000km do Sol na ocasião em que as fotos foram feitas.
O cinturão de Kuiper abrange todos os objetos além da órbita de Netuno, incluindo cometas, rochas congeladas, e três planetas anões: Plutão, Haumea e MakeMake, dos quais o primeiro é o maior.
A Nasa planeja realizar um rasante sobre outro objeto do cinturão, o 2014 MU69, em janeiro de 2019.
FONTE: O GLOBO
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