
Interestelar é um filme maravilhoso, em parte porque usou equações científicas genuínas para mostrar o que acontece na vizinhança de um buraco negro. Mas ele precisou ser alterado um pouco, a fim de se tornar mais apresentável na tela dos cinemas.
A equipe de efeitos visuais do filme e seu consultor científico publicaram um novo estudo para explicar que o buraco negro original de Interestelar – imagem acima, feita a partir das equações da equipe – foi considerado um pouco confuso para os cinéfilos. Então a ciência acabou sendo ligeiramente atenuada.
O cientista Kip Thorne, da Caltech, trabalhou com o estúdio de efeitos visuais Double Negative para criar o buraco negro do filme. Juntos, eles usaram equações da relatividade geral de Albert Einstein para criar uma simulação – com alguns ajustes.
A equipe modelou o buraco negro usando feixes de raios de luz, ao invés de raios individuais. Eles explicam à New Scientist que isso suaviza o aspecto geral do buraco negro e evita um brilho hesitante e instável, o que poderia distrair e irritar os espectadores.
Além disso, o disco de acreção – o anel de matéria que circunda um corpo celeste – distorcia o formato do buraco negro, porque ele deveria estar girando rapidamente no filme. Essa assimetria fazia tudo parecer mais confuso, então a equipe reduziu a taxa de rotação do buraco negro, dando uma aparência mais simétrica e agradável aos olhos.
E, finalmente, eles mudaram um detalhe simplesmente por questão de gosto. Muitos elementos foram adicionados à simulação de forma iterativa, para tornar o buraco negro cada vez mais realista. Na hora de incluir o efeito Doppler – que corrige a luz que você vê para incluir mudanças de frequência induzidas pelo buraco negro – a imagem se tornou mais escura e mais azulada. A equipe criativa do filme preferiu as versões anteriores, sem o efeito Doppler, por isso o buraco negro é mais vermelho do que seria na vida real.

O buraco negro criado para o filme, na imagem acima, é claramente diferente do original, que foi considerado muito confuso. O estudo foi publicado no periódico Classical and Quantum Gravity.
Em um filme de ciência pura, ele teria outro visual. Mas isto é Hollywood, e a estética é importante. Os resultados podem não ter sido 100% precisos, mas são ótimos de se ver – assim como Interestelar.
FONTE: http://gizmodo.uol.com.br/
Boa postagem. Geralmente é preciso alguém para explicar os filmes desse diretor porque eles sempre têm enredos complicados. Sinceramente os filmes desse gênero não são os meus preferidos, mas devo reconhecer que este filme superou minhas expectativas. Na minha opinião, este foi um dos melhores filmes deste diretor que foi lançado até agora, além do seu filme do ano passado que eu li na Dunkirk critica teve muito sucesso. Ele é um diretor incrível. Seu trabalho é excepcional, seu estilo e personalidade estão bem marcados neste filme, acho que ninguém teria feito um melhor trabalho que ele.
ResponderExcluirEu amo os filmes do Christophe Milan. Interestelar é de longe o meu preferido.
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