
A Microsoft Research desenvolveu uma nova tecnologia que até então muitos só tinham visto na ficção científica, em livros de Isaac Asimov e Philip K. Dick, ou em filmes como Exterminador do Futuro. A companhia chegou à chamada "Aprendizagem Profunda", em que testes mostraram a inteligência artificial superar a mente humana.
De acordo com o Venture Beat, o novo estudo acadêmico, realizado nos escritórios do braço asiático da empresa, revela que a versão mais recente do sistema pode superar os humanos. "Nosso resultado superou pela primeira vez o desempenho do nível humano para este desafio de reconhecimento visual", relataram Kaiming He, Xiangyu Zhang, Shaoqing Ren e Jian Sunos, pesquisadores do projeto. O desafio para comparar humanos e máquinas envolveu a identificação de objetos em imagens e, em seguida, a seleção correta das categorias mais próximas. Entre as mil opções estavam alternativas como "machadinha", "gêiser" e "micro-ondas".
A criação da Microsoft alcançou a impressionante margem de erro de 4,94% para a classificação de imagens do conjunto de dados da versão 2012 do banco de dados ImageNet. Essa taxa é inferior ao que foi coletado nos testes com seres humanos, que ficaram na média de 5,1%. O resultado impressiona os observadores de inteligência artificial e também dá à Microsoft maior credibilidade para trabalhar com o "Aprendizado Profundo", setor que também é explorado pelos concorrentes Google e Facebook.
A "Aprendizagem Profunda" envolve o treinamento de redes neurais artificiais em lotes de informações derivadas de imagens, áudio e outros elementos. Em seguida, são apresentadas novas informações a esse sistema, que então reage ao assunto. Além de superar a capacidade humana de aprendizado, a novidade melhora o premiado sistema GoogLeNet em 26%. O "Aprendizagem Profunda" do Google havia chegado somente até a taxa de 6,66% de margem de erro, segundo os pesquisadores da Microsoft.
A tecnologia do "Aprendizagem Profunda" também irá integrar as descobertas já feitas com os experimentos de inteligência artificial do Projeto Adam, que também é de propriedade da Microsoft. Uma das coisas a serem discutidas entre os pesquisadores será o fato da constatação que, apesar da margem de erro humana ser maior, a precisão da visão das pessoas ainda parece estar acima da dos computadores.
"Enquanto nosso algoritmo produz um resultado superior a esse conjunto de dados particular, isso não quer dizer que a visão da máquina supera a visão humana sobre o reconhecimento de objetos em geral", disseram os pesquisadores. "Ao reconhecer categorias de objetos (objetos ou conceitos comuns ao cotidiano), as máquinas ainda têm erros óbvios em casos considerados triviais para os humanos. Apesar disso, acreditamos que nossos resultados mostram o enorme potencial dos algoritmos das máquinas para se equiparar aos humanos quando se fala em reconhecimento visual", complementaram.
Quando o empresário Elon Musk e o físico Stephen Hawking disseram temer que algo parecido com os filmes da série Exterminador do Futuro poderia acontecer, muitos riram. Mesmo que ainda seja difícil aceitar máquinas como as da ficção, ao que parece não estamos tão longe assim de uma inteligência artificial mais poderosa.
FONTE: http://canaltech.com.br/
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