
Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear pretende construir um novo colisor de partículas circular para substituir o LHC, usado na descoberta do Bóson de Higgs
A Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (CERN) afirmou nesta quinta-feira que pretende construir um colisor de partículas circular sete vezes mais potente do que o famoso LHC (sigla em inglês para o Grande Colisor de Hádrons), que foi usado para a descoberta do Bóson de Higgs, a chamada "partícula de Deus". Constituídos de grandes túneis no interior dos quais partículas são aceleradas até quase atingir a velocidade da luz, esses aparelhos ajudam a responder questões sobre a criação do universo, a natureza da matéria e fenômenos exóticos observados no espaço.
As estimativas do CERN são de que o LHC tenha mais vinte anos de vida útil. Como o desenvolvimento de um sucessor é um processo demorado, eles já anunciaram que pretendem construir um anel de 100 quilômetros de circunferência entre a França e a Suíça, possivelmente no mesmo local do LHC, aproveitando a estrutura de túneis já existente, de 27 quilômetros. Denominado FFC (Futuro Colisor Circular), o novo anel poderá ter até 100 teraelétron-volts (TeV) de energia nas colisões, enquanto a do LHC fica em 14 TeV.
Uma centena de pesquisadores vindos de todo o mundo se reuniram entre os dias 11 e 13 de fevereiro 2014, na Universidade de Genebra, para lançar o programa e começar os estudos. Esta pesquisa se somará a outra, iniciada há vários anos, de um colisor linear compacto (Clic), um acelerador retilíneo de 80 quilômetros que poderia também passar sob a Suíça e a França.
O objetivo desses dois trabalhos é examinar a viabilidade das diversas máquinas e avaliar os custos para 2018/2019, quando será atualizada a estratégia europeia sobre a questão. "Somente os próximos resultados do LHC poderão nos indicar o tipo de acelerador mais adaptado", afirmou Sergio Bertolucci, diretor de pesquisas informáticas no CERN.
FONTE: Agência France-Presse
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