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Água restante em Marte pode desaparecer mais rapidamente do que se imagina



Por Daniele Cavalcante

Há algum tempo, pesquisadores trabalham com a ideia de que Marte já foi coberto por oceanos e rios de água líquida, algo que os próprios vales do Planeta Vermelho sugerem. A maior parte água teria se perdido no espaço há bastante tempo, e um novo estudo indica que o restante dela pode continuar desaparecendo — e rápido. Além disso, se a pesquisa estiver correta, significa que o planeta pode ter perdido seus oceanos de forma muito mais veloz do que se imaginava.

Observações anteriores detectaram a presença de gelo abaixo do solo, em especial nas calotas polares do planeta. Ali há menos de 10% da água que já houve na superfície marciana. Esse gelo ainda libera água em forma de vapor na superfície, mas ela está se perdendo. É que essa água alcança a atmosfera superior, onde a radiação ultravioleta do Sol acaba por dividir suas moléculas para formar hidrogênio e oxigênio.

Grande parte desse hidrogênio flutua para espaço, porque o gás é extremamente leve e a gravidade é fraca demais para retê-lo. As novas descobertas sugerem que bastante quantidade de água pode ser rápida em chegar à atmosfera superior de Marte em determinadas estações do ano.


Quando o Sol ilumina os grandes reservatórios de gelo nos pólos marcianos, o vapor de água é liberado na atmosfera. Essas moléculas são transportadas pelos ventos em direção a altitudes mais altas e mais frias, onde poderiam condensar-se em nuvens para impedir um rápido avanço da água em direção a altitudes mais altas. No entanto, a condensação é frequentemente prejudicada em Marte, e a atmosfera fica regularmente saturada em vapor, o que permite que mais moléculas de água alcance a atmosfera superior, onde os raios UV do sol as separam em hidrogênio e oxigênio (Imagem: ESA)

Uma equipe de pesquisa internacional, liderada em parte pelo pesquisador do CNRS, Franck Montmessin, revelou que o vapor de água está se acumulando em grandes quantidades e proporções inesperadas a uma altitude de mais de 80 km na atmosfera marciana. As medições mostraram que grandes bolsas atmosféricas ficam em um estado de supersaturação de acordo com as estações, com 10 a 100 vezes mais vapor de água do que a temperatura deveria teoricamente permitir.

Para entender esse cenário, cientistas analisaram dados da sonda Trace Gas Orbiter, que orbita Marte como parte do programa ExoMars, criado em uma colaboração entre Europa e Rússia. Os cientistas se concentraram na maneira como a água era distribuída em altitude na atmosfera marciana em 2018 e 2019.

Assim, descobriram que as mudanças sazonais foram os principais fatores que influenciaram a distribuição do vapor de água na atmosfera marciana. Durante o período mais quente e mais tempestuoso do ano, por exemplo, grandes porções da atmosfera ficaram supersaturadas de vapor, permitindo que a água chegasse à atmosfera superior. Esses níveis extraordinários de saturação "não são observados em nenhum outro corpo do sistema solar", de acordo com o autor do estudo.

Os cientistas ficaram surpresos que quantidades tão grandes de vapor de água podem atingir a atmosfera superior tão rapidamente, pois eles esperavam que temperatura fria no alto impedisse o processo, condensando as partículas em nuvens, como ocorre aqui na Terra. No entanto, já que o vapor pode subir tão alto na atmosfera marciana sem ser impedido pela condensação "podemos imaginar que a perda da água em Marte tenha sido muito mais eficaz do que se pensava", disse Montmessin.

FONTE: Space.com via canaltech.com.br

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