
Os esqueletos no armário da Via Láctea
Helio Dotto Perottoni (IAG/USP)
11/04.2019
A Terra órbita o Sol e é parte do Sistema Solar. Da mesma forma, o Sol e as outras estrelas orbitam o centro de nossa Galáxia, a Via Láctea. E assim como a Terra tem um satélite a nossa Galáxia possui galáxias satélites. No entanto, a relação desta última com seus satélites é muito mais conturbada, pois a Via Láctea pode 'canibalizá-los’. Na última década se intensificou a busca por esses satélites e hoje são conhecidos dezenas de fósseis remanescentes (correntes mareais, sobredensidades estelares e outras coisas com nomes estranhos) distribuídos por todo o céu. Nessa apresentação, iremos passear pela estrutura da Galáxia, veremos como se descobrem esses fósseis que estão escondidos em meio as estrelas da Galáxia e qual é a importância delas em sua formação e evolução.
As Nuvens de Magalhães em rota de colisão.
Bruno Dias (ESO-Chile/UNAB-Chile)
25/04/2019
O hemisfério celeste sul, como visto do Chile, apresenta uma estrutura de gás extensa que está diretamente relacionada com as Nuvens de Magalhães, duas galáxias vizinhas da Via Láctea.
Modelos recentes mostram que esse gás foi retirado principalmente da Pequena Nuvem de Magalhães (SMC) por forças de maré geradas pela interação com Grande Nuvem Magalhães (LMC) e possivelmente com a Via Láctea. Essas forças de maré afetam não só o gás, mas também as estrelas. Muitos grupos, como o time do projeto VISCACHA, têm observado o conteúdo estelar das Nuvens de Magalhães para traçar a história dessas duas galáxias e resolver a discussão: SMC e LMC colidiram muitas vezes entre si e chegaram recentemente na nossa vizinhança ou já estão orbitando a Via Láctea há vários bilhões de anos?
Animação do diagrama Hertzsprung-Russell
https://youtu.be/mY2edzGYWyU
Slides em PDF
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O que é Mecânica Celeste (ou Astronomia Dinâmica)?
Sylvio Ferraz Mello (IAG/USP)
02/05/2019
Mecânica Celeste foi o nome dado por Laplace ao conjunto de teorias explorando as consequências astronômicas da gravitação. Ela esteve durante séculos limitada pelas dificuldades técnicas de integração das equações de Newton. O advento dos computadores permitiu um aprofundamento no estudo das soluções que as técnicas clássicas não permitiam. Descobriu-se que os movimentos celestes são caóticos. Eles têm grande sensibilidade às condições iniciais e condições iniciais muito próximas podem resultar em evoluções totalmente diferentes. Os exemplos mais ricos de movimentos caóticos são encontrados entre os asteroides. Um asteroide inicialmente numa órbita regular e banal ao redor do Sol pode evoluir para uma órbita que o aproxime da Terra tornando possíveis colisões como a que provocou a extinção de grande parte da fauna terrestre, inclusive os dinossauros, há 65 milhões de anos.
Slides em PDF
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Animações
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Vídeo do meteoro em Chelyabinsk
https://www.youtube.com/watch?v=EhNL-...
FONTE: Astronomia ao Meio-dia
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