
Por: Ryan F. Mandelbaum
Olhe para o céu a olho nu e você verá muitas manchas e bolhas que se parecem, em sua maioria, com estrelas. Em uma inspeção mais minuciosa, porém, alguns desses pontos se recusam a se desvendar, permanecendo espalhados no céu noturno.
O famoso astrônomo Charles Messier notou esses objetos enquanto estudava cometas — de fato, eles se pareciam com comentários parados no céu, segundo a NASA. Ele, então, chamou esses impostores de “objetos a se evitar” e os catalogou na lista de 103 objetos do “Catálogo Messier”. Essa lista, desde então, foi expandida para 110.
Entretanto, foi bom os cientistas não terem evitado os impostores. Acontece que eles contêm alguns objetos astronômicos incrivelmente importantes, espalhados porque consistem não de uma, mas de várias estrelas. A primeira coisa com cara de cometa, a M1, era o que agora é estudado como a Nebulosa do Caranguejo. Seu catálogo também incluía a Galáxia de Andrômeda (M31), a Galáxia do Catavento (M101), frequentemente usada como sósia da Via Láctea, e a Galáxia do Rodamoinho (M51a). Você também pode ver vários desses objetos com um telescópio amador.
O telescópio Hubble simplificou a observação desses objetos e tem criado imagens de tirar o fôlego desde então. Isso inclui a Nebulosa da Águia, também chamada de Pilares da Criação ou M16, talvez a nebulosa mais famosa já observada.
O Hubble encontrou 93 desses objetos. Suas cores não são reais, já que o Hubble captura imagens de uma só cor por vez. Normalmente, várias observações em diferentes comprimentos de onda são combinadas, ou cores são acrescentadas durante o processo, para extrair informações relevantes. O Hubble agora acrescentou outras 12 imagens a seu catálogo — você pode observá-las abaixo e ver o restante aqui.

M58 – fica entre as constelações de Virgem e Leão, perto da estrela Arcturus. A 62 milhões de anos-luz, é o mais distante objeto do Catálogo Messier a ser encontrado, segundo a NASA.

M59 – enorme galáxia elíptica, ela está a cerca de 60 milhões de anos-luz, segundo a NASA, e seu núcleo rotaciona na direção oposto do resto do objeto. Vista pela primeira vez em 1779.

M62 – aglomerado globular a cerca de 22.500 anos-luz de distância. Em vez de uma galáxia inteira, é quase uma galáxia em miniatura dentro da Via Láctea e composta de pelo menos 150 mil estrelas juntas.

M75 – outro aglomerado globular, a cerca de 67.500 anos-luz do oeste de Sagitário. Você pode vê-la com binóculos, mas suas estrelas estão tão próximas que se parece como uma só estrela, vista sem um telescópio.

M86 – mais uma galáxia elíptica, a 52 milhões de anos-luz. Também localizada no Aglomerado de Virgem, uma seleção de galáxias entre as constelações de Virgem e Leão.

M88 – galáxia espiral no Aglomerado de Virgem. Segundo a NASA, Messier a descobriu junto com outros oito objetos em 1781. Está a 47 milhões de anos-luz e tem um núcleo galáctico ativo.

M89 – uma galáxia elíptica quase que perfeitamente circular no Aglomerado de Virgem, a 50 milhões de anos-luz de distância.

M90 – galáxia espiral no Aglomerado de Virgem, a 59 milhões de anos-luz. Cientistas acreditam que está se transformando lentamente em uma galáxia lenticular, ponto médio entre uma galáxia elíptica e uma espiral, conforme ela envelhece.

M95 – galáxia espiral barrada que fica logo abaixo da constelação de Leão. É repleta de estrelas azuis e mais jovens.

M98 – galáxia espiral no Aglomerado de Virgem, localizada a 44 milhões de anos-luz.

M108 – localizada no asterismo Grande Carro, a 46 milhões de anos-luz. Descoberta em 1781 por Pierre Mechain, amigo de Messier, mas acrescentada ao catálogo só em 1953.

M110 – um satélite orbitando a Galáxia de Andrômeda. Uma pequena galáxia elíptica.
FONTE: GIZMODO BRASIL
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