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Os cientistas estão descobrindo que há vários meios de a vida se espalhar pelo espaço (Desenho de Marlon da Silva intitulado Galáxia participante no I Concurso Desenhos Astronomia em Mãos - concursoastronomiaemmaos.weebly.com)
Partículas cósmicas atingindo as camadas mais altas da atmosfera poderiam transportar micróbios para outros mundos
Sabe-se que impactos de asteroides ou cometas podem fazer com que planetas troquem material ao longo de milhões de anos. Há muitas rochas lunares e marcianas encontradas na Terra, fruto de colisões no passado, e a mais famosa delas é o meteorito ALH 84001, que pode conter vestígios de vida passada em Marte. Em artigo que será publicado na Astrobiology, uma equipe da Escola de Física e Astronomia da Universidade de Edimburgo, na Escócia, afirma que poeira espacial, viajando através de sistemas solares em autênticas correntes, pode tirar seres unicelulares das altas camadas da atmosfera de um planeta, transportando-os através do espaço.
O líder do estudo, Arjun Bebera, disse: "A proposição de que poeira espacial pode impulsionar organismos por enormes distâncias levanta incríveis possibilidades sobre como a vida e as atmosferas planetárias se originaram. Correntes de poeira espacial de alta velocidade podem ser encontradas através de sistemas planetários e podem ser um fator na proliferação da vida". Essa teoria de que a vida pode migrar de um planeta para outro tem o nome de panspermia, e ganhou maior interesse diante da descoberta de que organismos como bactérias, outros seres unicelulares e mesmo alguns mais complexos, como tardígrados, podem sobreviver a períodos prolongados no espaço.
No estudo, Berera e sua equipe analisaram o que pode acontecer quando partículas de poeira interplanetária atingem moléculas e partículas na atmosfera terrestre. Essas ocorrências acontecem todo o tempo, atingindo a camada gasosa de nosso planeta a velocidades entre 36.000 e 253.000 km/h. Pequenas partículas contendo seres vivos que flutuem a altitudes de pelo menos 150 quilômetros podem teoricamente ser impelidas para o espaço por essa corrente de poeira. Não está claro se micróbios ou extremófilos poderiam sobreviver a tais colisões violentas, algo que necessita maiores estudos para ser determinado, porém Berera afirma ser esse com certeza um fator a considerar para a teoria da vida migrando de um mundo para outro. E o cientista complementa dizendo que mesmo que seres vivos não sobrevivam ao impacto, os blocos de construção da vida, as moléculas complexas essenciais para sua formação e funcionamento, ainda poderiam ser transportadas através do espaço, para outros planetas e até outras estrelas, por esse processo.
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O tartígrado é uma das formas de vida mais resistentes, podendo sobreviver às condições espaciais por longos períodos
https://arxiv.org/abs/1711.01895
FONTE: REVISTA UFO
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