
Se der um jeito de vencer as condições extremas do interior de um buraco negro, é provável que um aventureiro espacial saia do outro lado intacto e volte a navegar por um oceano de espaço-tempo tranquilo. É isso que sugere uma pesquisa publicada no início do ano no periódico Physical Review D.
O estudo foi realizado com base em um modelo que, graças a um supercomputador, simula com precisão inédita o funcionamento de um buraco negro em rotação — esses fenômenos são verdadeiros monstros cósmicos cuja gravidade e densidade infinitas transformariam um incauto viajante em espaguete, cuspindo seus “pedacinhos” quânticos ao longo de milênios. Mas se o buraco negro girar rápido o suficiente, podem-se criar as condições para que a singularidade, onde tudo é tão doido que as leis da física perdem o sentido, fique fraca.
Em uma singularidade fraca, o processo de “espaguetificação” também existe, só que ele ocorre tão depressa que os efeitos de esticamento e compressão quase não afetariam o astronauta. “A rotação acrescenta uma efetiva repulsão centrífuga, similar ao que se experiencia ao andar em um carrossel, e isso abre uma espécie de ‘túnel’”, explica Lior Burko, professor da Universidade Georgia Gwinnett, que liderou a o trabalho de pesquisa.
FONTE: REVISTA GALILEU
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