A Nebulosa da Bolha, com 10 anos-luz de extensão, marca o 26º aniversário do telescópio espacial Hubble
Cientistas e especialistas da NASA esperam que o intrumento ainda funcione por vários anos
O telescópio espacial Hubble foi levado ao espaço na missão STS-31 do ônibus espacial Discovery, em 24 de abril de 1990, significando que no próximo domingo completará nada menos que 26 anos em órbita. Batizado em honra ao astrônomo Edwin Hubble (20 de novembro de 1889, 28 de setembro de 1953) primeiro a demonstrar que existiam outras galáxias além de nossa Via Láctea, e detectar os primeiros indícios da expansão do Universo entre outros feitos, o instrumento proporcionou ao longo desses anos uma revolução nunca vista na Astronomia e em nosso entendimento do Cosmos.
Iniciando as comemorações de aniversário, foi liberada neste 21 de abril uma extraordinária imagem da Nebulosa da Bolha, uma enorme nuvem de gás e poeira iluminada pelas estrelas em seu interior. Conhecida em inglês como Bubble Nebula, e com a designação oficial de NGC 7635, ela dista a 8.000 anos-luz de distância na constelação Cassiopéia, e foi descoberta em 1787 pelo famoso astrônomo William Herschel. Essa colossal formação possui 10 anos-luz de extensão, e a imagem foi obtida a partir de quatro fotografias separadas da Câmera de Amplo Campo 3, e montadas juntas a fim de pela primeira vez mostrar a nebulosa em sua totalidade.
Os cientistas explicam que a bolha ainda está crescendo, movida pela pressão do vento estelar. A velocidade de expansão é estimada em 100.000 km/h, e a estrela responsável é a SAO 20575, cerca de 20 vezes mais massiva que o Sol, que pode ser vista a esquerda do centro da imagem. Esse astro é rodeado por halos de poeira que ocupam uma região maior que nosso Sistema Solar. Existe um mistério em sua posição, que não está no centro da nebulosa, mas mesmo assim esta é praticamente esférica, fenômeno que os astrônomos ainda tentam explicar. O Hubble é o mais famoso e bem sucedido telescópio de todos os tempos, tendo recebido as visitas para manutenção em dezembro de 1993 pelo Endeavour (missão STS-61). A STS-82 do Discovery realizou mais uma manutenção em fevereiro de 1997, seguida em março de 2002 pela STS-109 do Columbia, em sua última missão bem sucedida. E em maio de 2009 o Hubble foi visitado pela última vez na missão STS-125 do ônibus espacial Atlantis. Um investimento que foi mais do que compensado em vista dos conhecimentos inestimáveis obtidos, comemorados em mais um aniversário desse extraordinário instrumento.

O Hubble sob reparos na missão STS-61
FONTE: REVISTA VEJA
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